Augusto Alberto
Durante dias Lisboa foi o lugar da mais feroz campanha ideológica a favor da guerra. E como se não bastasse à volta da cimeira foram projectados cenários de terror e destruição, e não só! Parece que alguns dos anfitriões, não contentes em virem fazer o papel de artistas habituados a declamar em dó menor, tiveram contudo, arte para tratar da carne. Mandaram subir umas meninas aos quartos, alugadas ao preço do melhor champanhe, para apimentar uma noite de carne fresquíssima, de tal modo que até o Presidente Sarkozy, que também pica em boa carne, se viu naquele instante ultrapassado por artistas de grau menor.” Que é isto?” Terá exclamado.
Mas não se julgue que estas coisas não têm escola. Têm, com certeza.
Comecemos por aquele que foi o homem mais poderoso do mundo e que acabou a mandar fazer a guerra, em vez da paz. George Bush, eleito por duas vezes presidente dos Estados Unidos, sendo a última com algum mistério, foi uma intensa e democrática chapelada, bem ao estilo gangsteriano. De perfil “anizado”, sabemos que fumou umas brocas e que se emborrachava até a cabeça toldar. Este foi o “gangster” que certo gosto americano escolheu para presidente
José Maria Aznar, rato de igreja, como fica bem a um falangista e membro da Opus Dei, personagem contemporânea, descendente de uma ilustre família franquista, e, por isso muito comentado e agraciado nesse mundo da opacidade e das vestes púrpuras.
De Toni Blair, um salafrário que disse que tinha uma terceira via para o socialismo, membro do partido trabalhista, que usou dos meios mais soezes para abater o seu principal adversário, montando uma cabala que passava por anunciar uma doença mental, capaz de destroçar em poucos dias a esposa de Cameron, e do próprio ter um amante deputado, com quem partilhava a cama e a carne. A trama foi desmontada mas Cameron, colocou-se ao mesmo nível, arrumando a questão com uma simples desculpa.
E por último, esse indomável e intrépido, José Manuel Durão Barroso, a quem os companheiros de “route”, levaram ao alto cargo de Presidente da Comissão Europeia. Acerca desta personagem, parece que nem tudo foi dito, dai que relate um comentário, identificadíssimo, publicado por alguém que, presumo, o conheceu muito bem: - "Este terrorista, mais Bush, Aznar e Blair, que mataram mais de dois milhões de inocentes no Iraque, devia estar numa prisão de alta segurança... Este assassino, ainda em 1974/1975, andava a roubar os móveis da Universidade. Não fora o Arnaldo de Matos, no MRPP, aquele bandido tinha enchido a SEDE DO MRPP de móveis da Universidade. Arnaldo de Matos, homem íntegro, nunca deu espaço a este Durão, tão ladrão e expulsou-o do partido. Este bandido, que foi do MRPP até ser pescado por o PPD/PSD, devia estar numa prisão. Há muito tempo!!!"
Esta denúncia à MRPP é de cabo de esquadra, mas também um mimo e um gozo.
Mas infelizmente, a vida de muitos cidadãos deste mundo não tem sido um mimo, na razão directa das acções destes malandros. Infelizmente, as armas são muito desiguais, e por isso, a opinião dominante, demoniza sempre os vencidos, mesmo que alguns dos vencedores, tenham começado e continuem, em má escola, a fumar umas brocas, a roubar os móveis da universidade, sejam mestres na arte da cabala e alguns, lestos na arte de gastar os dinheiros dos povos, na contratação temerária das mais celebradas putas de cada lugar e momento. No mínimo, merecem o enxovalho, porque o seu poder é tanto, que até parece que é a única arma que nos resta nesta luta muito desigual.
Mas o que também fica da celebrada cimeira, é que os blindados não chegaram e nem fizeram falta, porque nem um rato nasceu na montanha das provocações. Quem sabe se não serão usados daqui a uns dias sobre quem mitiga as dores da fome, que é coisa que esta bandidagem, costuma fazer quando se lhe pede contas.