Só visto, quer dizer, só lido, porque contado ninguém acredita.
Ora vejam, quer dizer, leiam...
sábado, 29 de junho de 2013
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Foi a corja quem o esculpiu
Augusto Alberto
José Seguro visitou
uma empresa em Torres Vedras especializada em enchidos, que ardeu, mas súbito
recuperou. Dizem os mais de 600 trabalhadores que as relações laborais e
sociais são boas. E por isso, imagino, os trabalhadores barram com mel o café e
o pão da manhã. Seguro folgou em saber que parte da produção é para exportar e
sentiu também um impulso à exportação das suas ideias. Mas quando lhe colocam
um microfone em frente, retrai-se e, em surdina, pergunta-se, e nós também.
Quais?
Todavia, é importante lembrar que quando um dia perguntaram
a Eça como é conhecido na Europa, Portugal? Respondeu: Pela laranja! Anos mais
tarde, pelos andrajosos do “bidonville”.
E adiante, pelas conservas e pelos vinhos. E agora, por
alguma ciência, mas também, e aqui parece que Seguro anda distraído, pela
emigração, que mantem ainda alguma mala de cartão, mas sobretudo, pela
qualificada. Desse modo, as azémolas não devem ter dado cavaco à notícia que
diz que no distrito de Viana do Castelo emigraram, no último ano, 130 alunos do
1º ciclo. Multipliquemos uma criança por 4 pessoas, são mais de 500 pessoas que
partiram, num contributo muito sério para a desertificação e maior penúria
demográfica. Coloquemos, então, aos bois os verdadeiros nomes, porque a
hipocrisia atingiu o zénite, com a recente greve dos professores, acossados e
denegridos pelo poder, e pelos melífluos comentadores que o serve, e ainda, por
alguns lacraus do PS.. Mesmo que
poucos professores andem pelas escolas a encanar a perna à rã, nada altera.
Sério, será que esclareçam o que lhes parece a notícia citada. Se calhar,
olham-na como raposa olha para vinha vindimada, e por isso, dizem nada.
E como é necessário rechaçar a hipocrisia, urge perguntar: Neste tempo que é de férias, quantas crianças não fazem uma refeição completa,
porque os pais não ganham para a vianda e porque as cantinas escolares, que os
amparam, estão fechadas? Nesta substância, é que políticos e comentadores
alinhados na prosápia, (e o Assis do P.S., espécie de lacrau voyager, que ataca
preferencialmente pela madrugada), deveriam
assentar. Não fosse a escola, a primeira a chegar o prato quente aos pequenos
estômagos vazios, a tragédia ficava imparável, porque a fome infantil e
juvenil, é fenómeno que a corja, no seu conforto, diz nada. É certo que não
estamos em África, mas quando em sossegada viagem o cidadão vir pela rua de um
povoado, um pequeno estômago já ovalizado, devido aos efeitos cruéis da fome,
saiba que foi a corja quem o esculpiu.
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Crónicas em desalinho
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Viva a greve
Tem sido forte a adesão à greve, no sector privado em regime de elaboração contínua. Razões não faltam para uma greve com a maior aderência de sempre. Além das que se conhecem, a de sermos governados por gente inqualificável que vai afundando o país em nome do seu próprio interesse, e dos seus donos, também é muito forte e imperiosa.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
O fatinho “blue” do candidato Miguel
Augusto Alberto
Chegou finalmente à cidade o grande “mupi”, que traz o circo
e a candidatura autárquica “Somos Figueira”. Nada ali é laranja, como seria de
supor, porque o primeiro candidato, o vereador Almeida, mais a restante
entourage, como sabemos, tem fundas raízes no PPD/PSD.
Todo o cenário gráfico é em “blue” celestial, em linha com
um certo propósito paternalista, anjinho e atlantista. Bem sabemos, e quem anda
pela rua observa, que à candidatura chegaram outros sujeitos. Vindos, alguns,
de outros lugares, carregados de frustrações e chutados borda fora, depois de
anteriores escaramuças, pelejadas em seu tempo.
No arranjo gráfico, no lugar que por direito deveria ser das
setinhas a apontar para diante, o verdadeiro símbolo político do PPD/PSD, de
súbito renegado, está um símbolo que logo associei a um fenómeno atmosférico.
Que anuncia uma depressão. Que parece, dialecticamente, agora, caracterizar uma
depressão politica, que suporta uma candidatura de pessoas em negação, para
cativar o voto de pessoas em depressão, de uma cidade deprimida, de um país em
contramão.
Quem sabe, se dentro em pouco, no cartaz, o símbolo se ponha
em movimento rotacional, que é o que parece que vai suceder, e levante,
dialéctico, um tornado semelhante aos que percorrem a grande estrada da
destruição, nos E.U., e faça voar o grande “mupi”, mais a estrutura que o
suporta, para uns quilómetros adiante e faça daquilo, lixo…politico. Que é
aquilo que a candidatura é. Porque uma candidatura que renega os princípios
constituintes que, em substância, depois de muitos anos de poder, deram os
resultados sociais miseráveis que se conhecem, só a podemos considerar como
lixo eleitoral.
É por causa desta necessidade de tratar as pessoas por
parvas, que um dia, fartos, os povos, como correntemente o brasileiro, se
levantam violentamente. Parecendo ser, até, o único modo da elite ouvir quem
passa por múltiplicos transes.
Por sorte, na ocidental praia Lusitana, o descontentamento
tem sido, em regra, orgânico, conseguindo-se desse modo, impedir, apesar da
raiva crescente, que se destrua património pessoal e público, às vezes, já com
alguma dificuldade. Contudo, quem sabe, um dia, o controle e as boas maneiras
se desvaneçam e então teremos o caldo entornado. Pode suceder que o caldo
tinja, imprevisível, o fatinho “blue” do candidato Miguel, e então, só com uma
boa benzina e com o voto certo, se remova a nódoa e o bocejo eleitoral.
modalidades:
Crónicas em desalinho
terça-feira, 25 de junho de 2013
“50 anos de Brasília”, na sede do “partidão”, em Paris (I)
Uma
interessante exposição sobre a capital do Brasil na sede do Partido Comunista
Francês, em Paris. Uma homenagem também aos seus construtores, como Lúcio Costa,
Óscar Niemeyer e outros.
Através
de obras de arte de conhecidos pintores e escultores, de maquetes, esboços, de
correspondência trocada entre “seu” Óscar, Lúcio Costa e Le Corbusier, com
fotografias da evolução dos acontecimentos e da chegada dos primeiros operários
que a construíram, maioritariamente vindos do nordeste e conhecidos por
“candangos”, ficamos com uma ideia da dimensão e importância histórica e
cultural da cidade.
É
a única cidade construída no século XX classificada pela UNESCO como património
cultural da humanidade. A ideia da sua construção remonta ao seculo XVIII, é da
autoria do Marquês de Pombal.
No
catálogo da exposição, e descontando o já engraçado chauvinismo gaulês, lê-se
que Brasília é brasileira mas tem um acento francês. E poderá ser verdade.
Vejamos: Lúcio Costa foi discípulo e influenciado por Le Corbusier, o slogan
mais célebre sobre Brasília foi criado por um génio da cultura francesa. “Brasília, capital da esperança”, foi
assim que Malraux se referiu quando visitou a cidade ainda em construção.
Recorde-se o que escreveu Niemeyer, anos mais tarde: “Uma cidade diferente, sem discriminação, injustiça, opressão e
violência, era o que imaginávamos estar construindo. Antes de 64.”
Continuando
com o toque francês. Foi em Paris, onde se exilou na época da ditadura, que
Niemeyer realizou o seu primeiro projecto no estrangeiro, a sede do PCF.
Na abóbada, ao fundo, a sala de reuniões do Comité Central |
fotos: alex campos
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América Latina
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Stalinistas e atavismos
Augusto Alberto
Depois que D. Teresa deitou ao mundo Henrique, outras mães
deitaram perigosos filhos. Sectários e “stalinistas”. Que nunca agradaram è
elite, que está ciente que o leite escorrega direito, da teta à boca. Alguns estiveram
quase atados para as fogueiras, outros, foram corridos pelos esbirros ao
serviço dos próceres, organizados no estado superior, a que chamamos fascismo e
hoje se chama democracia. Sempre reconheci nos “stalinistas” de Portugal, ao
longo dos séculos, inteligência e coluna direita e para qualificar os que
perderam a bússola ou nunca a tiveram e passam a vida a catar o vento, nada
melhor do que citar Jorge de Sena, para deixar claro como se apresenta a corja
na Nação: “No reino da estupidez”… a
incoerência é, na maioria dos casos, o estado normal das consciências…
E para qualificar o Povo e a Pátria, avancemos com António
Vieira… oh, quem pudera retumbar em
Portugal com voz de trovão, os Portugueses adormecidos…e no ”Sermão do bom
ladrão”… nem os reis podem ir ao paraíso
sem levar consigo os ladrões, nem os ladrões podem ir ao inferno sem levar
consigo os reis…
E agora com Gil Vicente…”auto da barca do inferno”… ”anjo”…que
quereis? “Fidalgo”…se a barca do
paraíso é esta em que navegais?...sou fidalgo de solar, é bem que me recolhais.
“Anjo”…não se embarca tirania neste
batel divinal…essoutro vai mais vazio…ireis lá mais espaçoso, vós a vossa
senhoria, cuidando na tirania do pobre povo queixoso…”diabo”…entrai meu senhor, entrai...
E agora Manuel Maria du Bocage… Reclama o teu poder e os teus direitos…
E avancemos com Pessoa.
“Sobre a república” …a revolução constitucional não foi feita em a favor da
burguesia Portuguesa, mas em favor da burguesia europeia. (actualizando, a
alemã) … ”sobre o ditador Afonso Costa”…aquilo
é uma besta! Empurrámo-lo ao poder e agora fere-nos, estando nós por detrás
dele. (actualizando, Cavaco e os amigos). “Sobre outro ditador”, António de
Oliveira Salazar…Três nomes em sequência
regular. António é António. Oliveira é uma árvore. Salazar é só apelido. Até
aí está tudo bem. O que não faz sentido, é o sentido que isso tudo
tem…Coitadinho. Do tiraninho! O meu vizinho. Está na Guiné. E o meu padrinho.
No Limoeiro. Aqui ao pé. Mas ninguém sabe porquê…Mas enfim é. Certo e certeiro.
Que isto consola. E nos dá fé. Que o coitadinho. Do tiraninho. Não bebe vinho,
Nem até café.
E com Eça e Ortigão. “As farpas”…sobre a emigração… nós emigramos pelo mesmo motivo que o grego
emigra – a necessidade de procurar longe o pão que a Pátria não dá. E sobre
o povo…é um boi que em Portugal se julga
um animal muito livre, porque lhe não montam na anca, e o desgraçado não se
lembra da canga! … E sobre os escroques e a fome…Sempre que um pobre se aproxima com a mão estendida de sua majestade o
rei, de sua majestade a rainha, de suas altezas os infantes, é preso… Bem te
conhecemos desgraçado… E sobre o País…lá
fora Portugal é conhecido pela laranja…
E como a elite não mudou e continua escroquemente lampeira,
a chupar sem percalços nas tetas, enquanto o povo continua a acreditar que o
pão e o leite chegarão celestiais, acabo dando nota da prisão de …”foi mandado para este Mosteiro pelo
Tribunal do Santo Ofício o célebre poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage, bem
conhecido nesta corte pelas suas Poesias e não menos pela sua instrução”.
E no tempo que corre, como dava jeito a alguns filhos da mãe
nova caça aos sectários “stalinistas”, que teimam em pensar e ter a coluna
direita.
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Crónicas em desalinho
domingo, 23 de junho de 2013
Uma estação do metro de Paris
Não conheço assim tão poucas estações de metro. Pelo menos, e por ordem alfabética conheço as de Lisboa, de Paris, do Porto e de Roma. Os metros de Londres, Madrid, Nova Iorque ou de Moscovo é que nunca me foram apresentados. E parto do princípio que Colo do Pito, nas profundezas do Cavaquistão, ainda não tem o seu metropolitano, pelo menos não passo lá há uns 30 anos, mas não, ainda não deve ter.
Agora esta estação que aqui vêdes nas fotos deve ser a mais bela delas todas. Não sei explicar porquê, mas deve. Está bem que a anterior, ou a posterior, depende do sentido em que vos deslocais também deve ser, chama-se Jaurès.
Mas esta é polivalente, nela apanha-se o metro tanto à superfície como lá em baixo, dependendo do sítio para onde se quer ir. É um espectáculo.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Tente, tente! O pior é se não consegue
Augusto Alberto
No país do pé rapado
há muito boa gente a casar com a opacidade e a contra luz. E tem ainda o condão
de valorizar outros aspectos da personalidade, que durante os anos de acesso a
alguns gadgets, estiveram em hibernação. A inveja! É feroz a prática que
cavalga a divisão entre sector público e o privado. Com sucesso, diga-se,
porque a inveja se lhe cola.
Primeiro foi José Sócrates, com vista à reinação. E o actual
governo PPD/CDS, também. Todavia, é uma infelicidade que muitos autóctones não
percebam que o que ao poder interessa, é fazer baixar, por grosso, a qualidade
de vida do povo, quer seja do público ou do privado, em linha com o ajuste de
contas, votado democraticamente, não esqueçamos.
foto: alex campos |
Em segundo lugar, é urgente lembrar uma outra característica
arreigada nos gentios. O oportunismo! O oportunismo e a delação, com que se
cuida ser possível passar entre os pingos da chuva, sem molhar a fatiota. Mais
ou menos assim: “cuidado chefe, com os
nomes que vai colocar na lista para enviar para o director, com vista ao
despedimento ou à mobilidade. Olhe que eu nunca fiz uma greve, nem nunca
participei numa manifestação. Aquele ali ao lado, aquele que ali vê, é que não
falha uma greve ou manifestação”.
Esta foi a sensação com que fiquei, há dias, quando estive
na pequeníssima concentração, juntamente com um punhado de trabalhadores dos
CCT, a favor do serviço público. Enquanto lá dentro, a estação funcionou com a
toda a normalidade.
Não errarei se disser que reflectir sobre o que sucedeu com
os trabalhadores das estações públicas de TV e rádio, na Grécia, é oportuno.
Alguns gregos cuidaram que estando em posição de conforto evitavam o sopapo.
Infelizmente, bastou um instante para que tivesse chegado um formidável
piparote, que tudo levou de charola. Aliás, estas experiências canalhas, tendo
sucesso, pelo menos uma vez, rapidamente fazem o seu percurso universal.
Por isso, não admira que sejam aplicadas medidas
correlativas ao nosso mundo do trabalho, seja a trabalhadores honrados ou
oportunistas, do ensino, dos CTT, da rádio ou da TV e etc. Jaime Fernandes,
provedor da RTP, afirmou, sem rodeios, que em Portugal se pensou numa solução
ainda mais drástica.
É de ciência feita, que alguns oportunistas passarão, sem
dúvida, entre os pingos da chuva. Contudo, fica por saber quem tenta, mas não
consegue.
Quem sabe se o azarado não é o cidadão, que nunca gastou um
segundo numa greve um minuto numa manifestação? Pode acontecer!
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Crónicas em desalinho
"a coisa aqui tá preta"
O mediatismo das coisas acaba por se manifestar. Actualmente é a Educação, mas o que se passa na saúde, com as instituições públicas, e noutros sectores também é de bradar aos céus. É importante que as pessoas não andem distraídas, nem se deixem enganar, poderá ter consequências gravíssimas pois "que outra coisa esperar de uma quadrilha que foi posta no poder para vender o país aos interesses do capital selvagem e sem pátria e, de caminho, vingar todos aqueles que se sentiram prejudicados pela Revolução de Abril"?
sábado, 15 de junho de 2013
É mais brando um leão do que um quadrilheiro
Augusto Alberto
O senhor vereador
António Tavares lobrigou o buraco por onde não passam os camelos, deu um passo
adiante, (enquanto os camelos ficam sempre especados, à espera que o leite caia
do céu), e aderiu ao Partido Socialista. Há pouco a dizer sobre esta opção
militante do senhor vereador, a não ser sublinhar a insistência na sua vontade
em ser vereador. Um direito democrático, a troco de uma chapelada. Ou o modo de
dizer, como no tempo do fascismo.
De todo o modo, o senhor vereador zomba dos eleitores e do
próprio P.S., porque a corja gosta muito de lustrar o amor à Pátria e à causa
pública e o que o senhor vereador disse -
partido para que trabalho há muitos anos… - contraria a tese de amores pelo
serviço público, demonstrando antes de mais gosto pelo umbigo e insanidade
táctica. Veremos se o golpe é de mestre, ou se pelo contrário, o cão aluado que
por ai anda, ainda um dia lhe possa sair ao caminho. Tenha o senhor vereador
tento com as canelas, porque uma mordidela à socapa deixa suplicantes marcas.
Todavia, tiremos ao senhor vereador Tavares o chapéu, porque
ao contrário de outra elite, não abjurou, oportunisticamente, a sua relação
afectiva e politica, ao partido alternadeiro. Assim, nesta nossa curva apertada
da vida colectiva, está achado o momento ideal para todo o tipo de oportunismos.
Há, inclusive, quem ache que o tempo está maduro. Desse modo, não havendo muito
mais a dizer, nada melhor do que utilizar, ainda que abusivamente, um fragmento
de um poema de um poeta jocoso, também oportunista, alinhado e oitocentista,
Nicolau Tolentino, para melhor definir a elite trampolineira e a opção do senhor
vereador Tavares…é mais brando um leão
do que um quadrilheiro.
Este é, pois, o perfil eterno da elite citadina,
que bem resfolga e saboreia a política da “viradeira”. Não sendo, todavia, o vereador
Tavares o primeiro, evidentemente, a vestir uma casaca que de inicio não foi
talhada a pensar nele.
Mesmo assim, que lhe sirva e bem a casaca e tenha especial
sucesso pessoal.
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Crónicas em desalinho
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Autárquicas/2013 em 29 de Setembro
O governo, ou isso, marcou as eleições autárquicas para o dia 29 de Setembro. Justificou a impossibilidade de outras datas propostas pelos partidos. Como o dia 13 de Outubro, coincidente com a peregrinação a Fátima. Aqui tudo bem. Com o que eu não concordo é com a explicação dada para a impossibilidade do acto eleitoral se realizar a 6 de Outubro. Diz o governo, ou isso, que o dia de reflexão seria no dia das comemorações da República.
E não concordo porque não consigo compreender porque é que ninguém informou o governo que no dia 5 de Outubro já não é feriado, logo não se comemorando absolutamente nada. Nesse dia o pessoal deve é estar entretido a trabalhar.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Democracias deve haver muitas...
Quer dizer, democracia é um conceito bastante vago. Interpretações dela é que há as que se quiser. deve haver para todos os gostos.
.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Fernando Campos ganha prémio de Caricatura
F. Campos visto por Pedro Cruz |
Foi o Prémio Especial do Júri "Correia Dias", no XV Salão Luso-Galaico de Caricatura/Douro 2013.
O júri, reunido no Grémio Literário Vila-Realense, parece que gostou da caricatura do artista Pedro Cabrita Reis, que reproduzimos em baixo.
Ao certame concorreram 74 trabalhos de 40 artistas.
Deixamos os parabéns ao Fernando Campos, com a certeza que ele, aqui, nos contará mais peripécias sobre o assunto.
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Fernando Campos
terça-feira, 11 de junho de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
José Seguro e o seu novo clube
Augusto Alberto
Seguro vai com Portas ao covil da matilha, em namoro, à catequese ou ao crisma. Ao encontro anual do Clube Bilderberg, convidado por Francisco Pinto Balsemão, que não é parolo, e é o único português que pertence em permanência ao clube, desde os idos tempos do fascismo.
Seguro sentiu-se inseguro, quando publicamente foi confrontado com a viagem, porque tem a noção de que se vai sentar ao lado de agiotas, especuladores e belicistas, como Rumsfeld ou Wolfowitz ou Peter Sutherland. E onde já estiveram também, Bush, Blair, Aznar e Barroso, que têm as mãos tingidas de sangue. E alguns gentios, como o beato Guterres, Sócrates, Teixeira dos Santos, Paulo Rangel, e Ferreira Leite, muito eficazes na arte de produzir pobreza, e hábeis, por contraponto, também, na arte de sebar uma vara de ricos. Num partido decente, esta viagem seria considerada como um político pecado capital. Razão suficiente para uma caterva de demissões. Mas no PS parece não ter importância.
Infelizmente, o debate histórico e ideológico quase sempre andou arredado do Partido Socialista e quando se esboça, é demasiado histriónico. Aquilo é uma espécie de “Maria vai com as outras”. Como antigamente se ia à santa da ladeira do Pinheiro, no convencimento de que se ganhava a cura dos males do corpo ou do juízo.
Infelizmente, o debate histórico e ideológico quase sempre andou arredado do Partido Socialista e quando se esboça, é demasiado histriónico. Aquilo é uma espécie de “Maria vai com as outras”. Como antigamente se ia à santa da ladeira do Pinheiro, no convencimento de que se ganhava a cura dos males do corpo ou do juízo.
Para melhor se perceber o que se passa no exclusivo clube, é preciso dizer que as discussões são à porta fechada. Não se produzem resoluções ou propostas e não é emitida nenhuma informação pública. Tudo, ali, é sigiloso e sereníssimo. Não se brinca com a geopolítica da fome e da que assegura o controle completo das riquezas do planeta. Desta vez, é de admitir que se discuta a forma mais rápida de fazer cair a experiência democrática na Venezuela, e reaver o controlo do seu petróleo, como há anos se decidiu pela implosão da Jugoslávia, para evitar a preciosidade de haver um grande país desalinhado no centro da Europa e ainda, a independência do Kosovo, em linha com a estratégia de deixar a hibernar o precioso alvoroço.
Que se desengane quem acha que José Seguro é um palonço, apesar de ter ar de caranguejo vazio. Ele sabe bem que a matilha não reage por impulsos, mas por estratégias sabiamente discutidas.
Desse modo, hoje, como com outros, ontem, Seguro toma o hissope com que se festeja o ritual da traição. Só pode ser sábio, pois, quem prefere andar só, do que acompanhado por gente que trata a traição por tu. Por isso, é certo dizer, que vai por ai cheiro a ranço, que já nem um bom perfume parisiense consegue disfarçar.
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Crónicas em desalinho
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Contra a privataria, trabalhadores dos CTT concentram-se na Figueira da Foz
Os trabalhadores dos CTT organizam uma concentração no próximo dia 7 de Junho, a partir das 10H00, no Largo do Bairro da Estação, na Figueira da Foz. Esta acção desenvolve-se no âmbito da luta em defesa dos CTT como empresa pública e contra o encerramento de estações e a sua privatização.
Estando solidários com aqueles trabalhadores também estaremos connosco, porque é uma causa de todos.
Porque a privatização destes serviços, como aliás muitos outros, afecta os utentes, encarece e deteriora os serviços prestados aos "cidadões", como diria uma certa abantesma, aumenta o desemprego, tudo isso com o único objectivo do lucro fácil.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Quem é você, Henrique?
Augusto Alberto
Henrique entrou em roda livre. Bolsa alarvidades no Expresso, que tem
afinidades com o sedicioso El Mercúrio,
o veículo de massas que conduziu o golpe fascista contra o governo de Allende,
em 11 Setembro de 1973. Por isso,
tenho-o como um pasquim, ainda que há dias, por desfastio, o tenha clicado e
deparado com uma sua miserável crónica, que visou o linchamento do carácter da
dirigente sindical da função pública Ana Avoila, como se Ana não fosse cidadã
desta República e esteja impedida de desempenhar uma tarefa constitucionalmente
aceite.
Monteiro utiliza a folha cuidando que o tempo é propício
para a caça às bruxas. Contudo, é preciso dizer ao fariseu que apesar das
coisas estarem como estão, ele ainda não é McCarthy, apesar de querer tornar
universal a sua doutrina. E se bruxas existem, devem ser as que lhe povoam, com
desgosto, ainda e só, o sótão e os desejos.
Desse modo, devolvo-lhe o arbítrio e a malvadez, fazendo uso
da semântica com que bordou o seu texto. Quem é Henrique Monteiro? Um
salafrário a soldo de um antigo deputado da união nacional, convertido de
chofre à democracia, que lhe deu um brinquedo na forma de jornal, para
semanalmente bolçar peçonha, ainda que, hoje como ontem, “democratas” achem o
jornal um papel de referência. Pudera! Mas eu que de filhos e netos do fascismo
já tenho conta que chegue, recuso a sua credibilidade.
E pergunto-lhe: Se escreve nesse jornal há muitos anos e
não contribuiu, com a sua opinião, para melhores resultados dos que ai estão, pode
ter a humildade de perguntar a si próprio se o problema não será também um
pouco seu, pois não soube melhorar, ou impedir que as coisas piorassem? Utiliza
o pasquim, para afirmar que nos partidos e nos clubes, não há oposição interna visível,
escamoteando a verdade. Mas para mim, essa é questão risível. Porque eu sei o
que o faz correr. Tal como o porco que sabuja a gamela, para chegar à cevada, a
sua questão é de fé. O desejo de vitória da militância ideológica de gente que
não perscruta para lá das noites de ópera no teatro Nacional, ou de um jantar
nos indicados restaurantes de Cascais ou da Boca do Inferno, ou a presença em
fogosas festas da elite.
Por isso, é bom interrogar este sebento profissional da
malícia terrorista. Em que tempo julga que está? Acha que é o tempo de
revisitar os aviões acrobatas do circo aéreo, como no Chile de Allende, e fazer
“looping” e o golpe que a classe que serve deseja? Bem sei que não é preciso
forçar. Para nosso mal, ele vai correndo devagar.
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Crónicas em desalinho
segunda-feira, 3 de junho de 2013
É o país que temos e o país que somos
Acho que não há palavras para comentar isto.
Enfim... gostamos!
... de ter uma maioria, um governo, um presidente!!!!!
Direi eu: "viva a democracia".
Enfim... gostamos!
... de ter uma maioria, um governo, um presidente!!!!!
Direi eu: "viva a democracia".
sábado, 1 de junho de 2013
Colaboracionistas, um degrau abaixo de Vichy
Augusto Alberto
Boa-vai-ela. O comentador “moralista “e tardo-romancista, de
sua mercê, Miguel, perdeu a linha e escancarou o Presidente da República,
tratando-o por palhaço. Na melhor
sopa cai o escarro. Mas desta, não foi a de um “estalinista”, (a educação ainda
é revolucionária), ainda que muito jeito desse, não é Miguel? Mas a de um tipo
que não vai além de pardal de telhado.
Agora é que vão ser elas! Se se limitasse a dizer que sua
excelência é uma inútil excrescência, teria dito tudo e evitaria, em breve,
passar os dias a correr de casa para o tribunal e ainda por cima, com a
obrigação de ter de interromper a escrita e de ter de aturar a chusma de
repórteres, que sem piedade, cairão em cima, como se quisessem lavar a pele e a
alma.
De todo o modo, um homem com traquejo e autor de histórias
que acabam num pum… não se pode colocar como o pardal, que quando voa sobre o
quintal, não perscruta a ratoeira que se desarma, logo que é tocada no gancho.
Fiquem sabendo que a elite actual, que é a extensão da de antanho, nunca deixou
o propósito de armar as artes. E então, não é que gente que se acha com
pedigree, acaba exactamente como um pardalinho, com a pata presa na arte do
santo oficio. Vou falar de Rui de Carvalho, o que foi agraciado por quem nos
parece ser a excrescência inútil, na perspectiva do povo que pensa, mas que
sobretudo, é o cabo às ordens da alta finança. O tal Cavaco. O artista
percebeu, tardiamente, que foi armado. Sente-se apertado, mas ainda assim, com
fôlego suficiente para interrogar: “francamente, não sei para que servem as
comendas, as medalhas e as ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?”.
Mas eu sei, e também sei porque é que a pata lhe dói. Porque se convenceu que
era um deles. Pois agora que garimpe, porque fez de peão de brega e colaborou
ao toque do inteligente.
É a prova de que a inutilidade cívica e o colaboracionismo,
podem estar para lá de Belém, num teatro bem perto de si, ou na novela das 10,
que entra pela casa dentro. Todavia, este colaboracionismo não tem o avantajo
do de Vichy, mas de qualquer maneira, desde o início da “crise”, a Alemanha, já
lucrou mais de 170 mil milhões de euros. Repito! 170 Mil Milhões de euros.
Enquanto Natália, segurança, de segunda a sábado, trabalha
12 horas por dia, mas tem que pedir ajuda para comer, porque ganha pouco mais
de 400. E sabem por quê? Porque a crise para as elites de Berlim ou de Lisboa,
continuará fêmea, enquanto tiver a ajuda de colaboracionistas, um degrau abaixo
dos de Vichy, que mesmo conhecendo Brecht, nunca fizeram caso do poema que
acusa, que depois dos comunistas, chegará a vez de todos os outros?
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Crónicas em desalinho
Dia Mundial da Criança
"Hoje em dia, entre as populações mais desfavorecidas e vulneráveis do mundo, encontra-se um número cada vez maior de crianças que vive em barracas e bairros de lata, privadas dos serviços de saúde mais básicos e a quem é negado o direito a um crescimento saudável. Excluir as crianças que vivem em bairros degradados não só lhes rouba a possibilidade de desenvolverem o seu potencial, como também priva a sociedade dos benefícios económicos resultantes de uma população instruída e saudável".
Anthony Lake, director executivo da UNICEF
No relatório Situação Mundial da Infância, 2012, da UNICEF, pode-se ler ainda: "mais de mil milhões de crianças vivem em estado de marginalização, vulnerabilidade e privação quase total em barracas, ou bairros da lata, ou favelas, sem acesso a água ou saneamento, sem segurança nem espaço"(...).
De 2008 para cá as coisas não mudaram muito. Não adianta comemorar o que não se sente. O relatório da UNICEF desse ano também é elucidativo. Ora vejam, se quiserem dar-se ao trabalho. Por aqui.
É uma pequena consolação a "coisa" não ser geral.
modalidades:
Dia Mundial da Criança
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