sábado, 31 de março de 2012

No aniversário de uma das muitas conquistas de Abril que se estão a perder



Faz hoje 37 anos que o IV governo provisório (26 de Março de 1975 - 8 de Agosto de 1975), chefiado por Vasco Gonçalves, criou em Portugal o subsídio de desemprego (o mesmo Vasco Gonçalves que, à frente de outros governos provisórios, criou também o salário minímo, o subsídio de férias e o subsídio de natal). Para a vida de muitos milhares de portugueses em situações sociais desesperantes, é ainda, face ao persistente desemprego, o único e magro provento com que contam, resultado dos seus descontos e não, como os propagandistas neoliberais querem fazer crer, benesses do estado ou destemperamento orçamental. A medida da sua força, nos dias que correm, pode ser avaliada, simultaneamente, em dois tabuleiros: é encarado naturalmente, como o ar que se respira, como se não tivesse história, por grande parte da população; e é alvo dos maiores ataques (no limite: para o liquidar) por parte dos partidos da burguesia.

A sua implementação foi possível porque havia, obviamente, um governo provisório, na sua geometria variável, vinculado à luta dos trabalhadores, ao seu objectivo socialista, e com força política bastante para avançar com ousadia e firmeza. Mas foi fundamentalmente porque o movimento de massas se desenvolvia e arrancava conquistas democráticas aos exploradores, nomeadamente com as nacionalizações dos sectores-chave da economia, que o governo provisório pôde actuar desse modo. Uma lição para o futuro.



sexta-feira, 30 de março de 2012

O PS e a coerência


Vai sendo difícil para o "ps" sustentar, ou disfarçar, a sua própria forma de estar. A posição do partido da rosa", hoje, no parlamento não é novidade alguma, a não ser para quem for muito distraído. 
Vejamos, em 2003, a posição do "ps" quando Bagão Félix apresentou o seu código de trabalho. Como podemos também ver a posição do mesmo "ps", quando, em 2008, já no poder, fez aprovar um agravamento desse mesmo código.
Mas reconheça-se uma verdade: como "oposicionistas" e comparando a atitude de 2003 devemos reconhecer que os "xuxalistas" apresentam uma evoluçãozinha. Desta vez abstiveram-se. 
Uma posição verdadeiramente de cócoras. Vergonha não lhes falta mesmo.
É que não é só um retrocesso laboral. É um retrocesso civilizacional. 

Abençoar pedófilos, escroques e agiotas

Augusto Alberto


Porque foi o padre de Roma a Cuba e não ao Haiti, para ver com compaixão a fome e o delírio? Porque não tem hotel onde repousar? Pois que durma em tenda que é objecto que muitos haitianos nem sequer têm. Porque não tem onde comer? Que divida cristãmente, a magra ração com os pobres haitianos.
São Banobaião Anacarota foi de romeiro a Santiago, apoiado num bordão, e comeu aquilo que a natureza lhe foi chegando pelo caminho. Pusilânime, está comprometido com a gataria que para ai mia e o aplaude quando dá uso à patranha e recusa por opção política admitir os avanços que a ilha pobre vai fazendo, mesmo contra embargo, ventos e marés. Nenhum outro país da América Latina e das Caraíbas baixou tanto as diferenças sociais, avaliado segundo o índice de Gini, com que os vários institutos da ONU medem a desigualdade na distribuição da renda. Este papa, e esta religião recusam afastar o diabo do pão e não perdoa a quem fez ponto final na exclusão, obscurantismo e medo, o modus vivendi com que as religiões apascentam e mantêm servil o rebanho.
Dizer que este padre é um sonso, é perigoso, porque sabe sempre muito bem ao que vai. Aliás, de que direitos, de que encarcerados, discriminados e perseguidos falou o papa na sua homilia em Santiago? Dos direitos de milhares de jovens encarcerados, sobre custódia da sua igreja, que por estarem especialmente vulneráveis, foram vilipendiados? Das vidas encarceradas de militantes pela dignidade, no que resta de opressão nas Honduras ou Colômbia, por exemplo? Ou dos direitos, indiscutíveis e muito universais, dos que utilizam com regularidade o intrincado sistema financeiro do Vaticano para lavagem de fabulosas quantidades de dinheiro, que muitas vezes serve para alimentar putchs contra os povos?
Morda a língua e baixe a opulência, o padre, e logo conversaremos. Porque por agora, o que tem feito é, renovadamente, abençoar pedófilos, escroques e agiotas.

quinta-feira, 29 de março de 2012

A globalização futebolística


O futebol profissional, enquanto indústria pesada, continua a movimentar milhões, a maior parte deles nem sequer sabemos de onde vêm. E arrastar muitos adeptos. Mas perante isto, não se justifica a clubite de que milhares e milhares sofrem. 
As equipas de futebol, nem todas, por enquanto, mas a maior parte delas, já não representam nem cidades, nem regiões, nem países. 
A gente imagina o que representam.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Millôr Fernandes (1923-2012)

Lorpas

Augusto Alberto

Tenho grande estima por um jovem, filho de um médico que passou quase a vida inteira na Índia Portuguesa, que guardou o superior desejo de um dia visitar as terras que o pai calcorreou. Com meios suficientes e apaixonado pela fotografia, abalou e fez-se à velha Índia, de mochila feita e máquina a tiracolo. Viajou e tudo fotografou. Comeu em tascas, calcorreou as ruas infectas de Bombaim e Calcutá, dormiu em carruagens e na volta, mostrou-me fotografias de grande beleza e notícia cívica.
Conversamos sobre a viagem e quase num lugar comum, disse-me que gostou muito do povo, e que o impressionou o facto da casta inferior, os “párias”, que tem como única tarefa a recolha diária da merda que os das castas superiores fazem, ser “gente” feliz. Santa ingenuidade, atirei: “em consciência achas que alguém pode ser feliz passando uma vida inteira a apanhar a merda que os outros fazem, mesmo na ignóbil Índia?” E rematei: “Só te falta dizer que na grande democracia indiana, para a democracia ser completa, os que apanham a merda votam com gosto nos que a fazem, para que nada mude”.
Parece que concluímos, mas não. Imaginemos que a central sindical indiana, não satisfeita, convoca uma greve, a que chama geral, e que no período de balanço o governo e a calhorda que faz a merda exultam e concluem que a greve não foi geral, foi um flop, porque os “párias” não fizeram greve e que por isso, tudo vai bem.
O mundo é global, dir-se-á. E se a vida também, pode então um cidadão já farto, dizer:  “Não basta o Ganges andar carregado de merda, haver párias e outros tantos catarem a bucha nos bancos contra a fome, ainda há que aturar a merdosa das elites, mais os jornais e jornalistas carneiros, as traições do Proença, mais a igreja de Roma, que se acha no direito de indicar o partido em quem votar, tal como na Índia faz o hinduísmo".
Mas o que mais vai custando é ainda arranjar estaleca para aturar lorpas. 

terça-feira, 27 de março de 2012

A Operação "Peter Pan" e uma santa besta




A propósito da visita do Ratzinger a Cuba, devo dizer que as suas infelizes declarações não são por via da senilidade, acho mesmo o tipo nsolente.
Já agora não sei se o traste terá remorsos pelos milhares e milhares de inocentes que custou o desmembramento da Jugoslávia,  mas acredito que não tenha. Ele que nem sequer se lembrou de pedir desculpa ao povo cubano.
Mas sobre o papel da Igreja do referido senhor, aqui se recorda a "Operação Peter Pan".

segunda-feira, 26 de março de 2012

A luta de classes

Augusto Alberto


Escrever o melhor da estória é muito difícil. Ficarão nela os que não suportam a canga, nem que seja por um dia. Viverão quase famintos, os que a suportam a vida inteira.

 Um Milhão e 300 mil portugueses estão desempregados. E 60% dos portugueses trabalhadores têm uma renda liquida, (expurgada de impostos), entre 310 euros e 900 euros. Somadas as duas parcelas, percebe-se porque milhares de trabalhadores portugueses não podem fazer greve, e outros milhares pensam sobretudo com a barriga antes de se meterem à luta. Também os 500 mil portugueses que emigraram, desde 2007.
Aliás, não me enganarei se disser que muitos milhares desses emigrantes nunca fizeram uma hora de greve. Por isso, essa não foi razão para não deixarem de partir. Mas pior ainda. Nunca fizeram greve, partiram e agora dormem, sujos e famintos, nas estações de comboio das cidades onde chegaram. Esta é a realidade que a direita sabuja e trauliteira escamoteia. Com a sua política classista, cria milhões de famintos mas nunca assume como sua essa responsabilidade, antes pelo contrário. Mistifica e, como o diabo foge da cruz, remete de modo sistemático e fraudulento para outros, as suas responsabilidades. Cavalga no anticomunismo, como fez, outra vez, o deputado Adão e Silva, que disse ser vergonhoso a CGTP funcionar como correia de transmissão do P.C.P.
Mas nesta luta dos contrários, que será sempre longa, o deputado Bernardino Soares colocou-o em seu lugar, com uma frase brutal: “Vergonha deverá ter o senhor deputado em estar aqui, na Assembleia da República, na qualidade de correia de transmissão do grande capital”. Encurralado, titubeou, mas não caiu, é certo. Mas não se livrou, tal como o Adão original, de ser apanhado pelo pecado capital. Dele poderemos dizer, sem receio, ser filho ou neto dilecto do fascismo, porque também Gobbels, Salazar, Franco e o Duce, com as mesmas palavras, procuraram o mesmo fim. Aliás, os escritos do dia seguinte, que remetem a greve para um fracasso, vão na esteira do debate ideológico, centrado nos partidos do poder, Partido Socialista, Partido Social Democrata e Partido Popular, que garimpam na necessidade de partir a espinha ao movimento sindical, em especial à CGTP-IN.
Desiludam-se!

sábado, 24 de março de 2012

Um totó mete nojo


Esta besta diz que os portugueses têm de abandonar "complexo de pequenez". Não faço ideia se o tipo tem noção, mas eu já há muito defendo que ele é um dos que tem de ser julgado pelo TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL. Desde o seu primeiro crime contra a Humanidade, imaginem.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Filomena Franco na Naval

(Foto: Augusto Alberto, em Pequim/08)

A atleta da selecção paraolímpica de Remo, Filomena Franco, vai representar a Associação Naval 1º de Maio, anunciou o site oficial do clube.
Treinada por Augusto Alberto, Filomena está já apurada para os jogos de Londres, os seus segundos, depois do 11º lugar em Pequim. Em 2011 a atleta obteve o 8º lugar nos mundiais na Eslovénia que lhe garantiram a presença em Londres, e um 4º lugar na Taça do Mundo.
A Associação Naval 1º de Maio levará assim dois atletas à capital britânica, depois do apuramento do atirador João Costa.

Em Cuba? Na Venezuela? Não, foi em Lisboa, ontem



Seria uma ironia a roçar o humor negro dar os parabéns ao PSD, ao PS, ao CDS ou à UGT pelo tipo de liberdade e democracia que defendem, mas não chego a tanto. Mandava-os era para um certo sítio, a eles e a quem neles votou. Mas também não vou perder tempo com isso.


quinta-feira, 22 de março de 2012

A besta nazi está de volta????


Acabo de ouvir bestas do PSD dizerem que o medo está na cabeça dos comunistas. Claro que temos medo, seus cabrões. Como alguém já disse,"um homem que não tem medo não é homem nem é nada". Mas é a honra, filhos da puta, é a honra, que vence o medo. 
Porque no mesmo serviço noticioso também ouço que não se limitaram a atacar trabalhadores portugueses, que também uma fotojornalista da France Press levou na corneta.
Gostaria de saber porquê, porque não deve ser por estar a soldo de Moscovo... penso eu de que.

A greve: eu estive lá

Agora que não me apareça o Javi Garcia pela frente, pois, como sabem, eu sou "leão".
Agora, fora de brincadeiras, uma palavra de apreço para os agentes da autoridade. Portaram-se com dignidade, com civismo, ou seja, de acordo com as regras democráticas. Em última análise, tivemos a sorte que outros camaradas, pelo menos a avaliar pelas notícias, não tiveram.

Hoje é dia de greve







Antes de me juntar ao meu piquete de greve, já é tempo de constatar que a avaliar pelos primeiros resultados, os trabalhadores não deixam os seus créditos por mãos alheias, e sabem que se não forem eles a lutar ninguém o fará por eles. 
Além de uma luta pelos direitos que são nossos esta greve é também uma luta pela dignidade de um povo que não pode permitir que o seu país viva de joelhos.
Para continuar a seguir os resultados da greve clique aqui.

O fascismo anda por ai

Augusto Alberto

É possível que o terror e um novo modo de inquisição estejam a ganhar maior dianteira? É possível, sim. Vejamos: a cada alteração das leis do trabalho, os trabalhadores ficam mais expostos a novos modos de terror social, disse o insuspeito director geral para as condições do trabalho. E António Borges, príncipe do pensamento liberal, não vê incompatibilidade entre tarefas de gestão no grupo Jerónimo Martins e as tarefas de presidente da comissão de acompanhamento das privatizações.
De qualquer modo a incompatibilidade existe, caro cidadão, se foi emigrante e recebe desse período uma pequena pensão a que soma outra pequena pensão a que honradamente tem direito, depois de anos de trabalho em Portugal. Por isso, se uma dessas pensões lhe for retirada, sem apelo, saiba que foi vítima de terrorismo administrativo. Mas como vê, o mesmo principio não se aplica ao Borges.
E em França, um louco, minado por rábulas racistas e inquisitórias, resolveu atirar sobre quem é judeu ou muçulmano. E agora convêm perguntar: Quem usa esses discursos inquisitoriais? Progressistas e Comunistas? Não! Para cá da direita caceteira, o próprio presidente Sarkozy, que para além de concubinagem com traficantes de armas, agora, após torcer o carácter, chora lágrimas de jacaré.
E vem aí o mundo em que os electrodomésticos que usamos, as roupas que vestimos, os talheres com que comemos e tudo o resto, pode ser identificado e localizado através de uma ligação à rede. David Petraeus, director da CIA, rejubila com os benefícios para a espionagem desta verdadeira revolução. Com efeito, os amados filhos de David, vão conceder a possibilidade de o homem comum recuar languidamente à escravatura e ao chicote. Contudo, se presume que tendo um popó, basta para fazer de si um homem livre, então veja como caracteriza o mundo um dos muitos pensadores que matutam sobre a vida e a espaços publicam umas coisas. Está em marcha uma sociedade ecofascista e ecototalitária.
Se fascismo é a ditadura terrorista do grande capital, é de aceitar, sim senhor, que o fascismo anda por ai.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Já somos dois...


Nem é tão raro como isso, mas desta vez estou mesmo totalmente de acordo com o meu amigo Agostinho.
 É que, como gostamos de imitar as pessoas de bem, nunca poderíamos estar de acordo com o PREC (Programa Retrógrado de Empobrecimento em Curso).
Amanhã temos uma boa oportunidade para responder ao bando de néscios que estão à frente dos destinos do país.

terça-feira, 20 de março de 2012

domingo, 18 de março de 2012

Atletismo de luto: morreu António Leitão

Um dos grandes atletas nacionais, medalha de bronze nos 5000 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles/84 e ainda detentor do record nacional dos 3000 metros, António Leitão faleceu hoje, aos 51 anos.
É uma grande perda para o Atletismo e para o desporto português.

Acidental ocidente

Augusto Alberto

O mundo ocidental tem a mania de que é pai e mãe da democracia que conhecemos e, por isso, acha que o resto tem de ser uma cópia. Contudo, muitos dos ocidentais cabeçudos deveriam fazer quanto antes uma surtida ao professor Karamba, para exorcizar pecados. Porque à medida que os vamos conhecendo, vamos percebendo que estamos perante figurinhas acossadas pela mais calamitosa e odiosa pérfida e por isso, pouco recomendáveis. Falo desse rapaz pequenino, talvez dançarino e por ventura velhaco, que se chama Nicolas Sarkozy. Que continua a manter concubinagem com Ziad Takieddine, traficante de armas, que já em 2007 lhe suportou a campanha que o levou ao Eliseu. 

Não sei se este Takieddine é o mesmo traficante que há um bom par de anos, à pergunta “não lhe causa remorsos o facto de muitos meninos morrerem por causa das armas que negoceia e trafica?”, deu resposta canalha:  “Isso faz parte das regras do jogo”.
De todo o modo, sendo ou não, nada muda. Sarkozy, para usar uma linguagem enfática, é um sabujo e o tal Takieddine, filho da puta é. É evidente que o mundo ocidental é uma colossal soma de hipocrisia. É fácil de ver. Fossem os meninos belgas que morreram, inoportunamente, no túnel da Suíça, meninos do Burquina Faso ou do Sudão, que são massacrados por armas desse Takieddine, morreriam no esquecimento. Aliás, como vai sendo esquecida a aceleração da morte dos idosos em Portugal, na conjugação da fome, pouca comodidade, (é no que dá as criminosas rendas da EDP), e escassez de meios para tratar a doença.
Por isso, desafio a TV pública a colocar, também, um chorrilho de repórteres especiais, à porta do nosso Presidente da República, do nosso 1º Primeiro e do Ministro da Saúde, filho bastardo dos Melos, para que tenham a oportunidade de nos explicar porque se morre tanto em Portugal. Dirão desapiedadamente:  é o bicho. Bem sei que esse bicho parasita sempre a morte no lado errado. É uma pena! De todo o modo, isto é o acidental ocidente.

sábado, 17 de março de 2012

O Mercado Engenheiro Silva e um tal de QREN


Hoje realiza-se uma Assembleia Geral da Associação dos Comerciantes do Mercado Engenheiro Silva, pelas 15h30 no Auditório do Museu Municipal dr. Santos Rocha.
A propósito lembro-me que não fiquei muito bem elucidado com as maquetas, em 3 dimensões, imagine-se, quer do plano de requalificação da zona envolvente do Forte de Santa Catarina, quer das putativas obras do referido mercado.
Está bem que foram apresentadas com pompa e circunstância, mas que são obras que deixam muito a desejar, lá isso são. O que me faz pensar que não passam de espectáculo. Tanto mais que a cidade tem mesmo outras necessidades, muito mais prementes, mas não darão tanto nas vistas. E, sejamos realistas, o espectáculo, com pompa e circunstância é que dá votos, infelizmente.
Agora o que se passa com o mercado é mais uma coisa dúbia que outra coisa. Porque as obras de melhoramento são passíveis de se fazerem com ele a funcionar, não percebendo a preocupação do seu funcionamento ser transferido para umas estruturas provisórias.
E sabendo o que se passa com os dinheiros do QREN, com as indecisões da cambada de incompetentes que desgovernam o país é legítimo pensar que tudo isto não passa de “folclore”.
Mas como os tempos de crise sempre foram uma óptima abertura para oportunistas, especuladores e toda a camarilha adjacente, os concessionários do mercado fazem bem não andarem distraídos. Pode mesmo o mercado estar a ser pasto das garras dos primeiros.
Importante é os cidadãos, todos, também não se deixarem “endrominar”. A perda do mercado seria um revés cultural, social e económico.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Coitados dos "bifes"


Tenho de me confessar surpreendido com a vitória do meu Sporting sobre o Manchester City. É que não estava mesmo à espera, mesmo considerando que o factor surpresa não terá sido alheio ao feito, uma vez que os futebolistas da equipa britânica desconheciam os futebolistas da equipa lusa.
Mas, embora não apague o feito dos "leões", quem comeu verdadeiramente os "bifes" foi um benfiquista, e à Benfica, "comme il faut". 

quinta-feira, 15 de março de 2012

GREVE GERAL: algumas razões para


As consequências da política de colaboracionismo e capitulacionismo perante o capital internacional - leia-se troika - são funestas para o país e estão a conduzi-lo para o abismo. 
Vejamos:
- O desemprego e sub-emprego atingem hoje 20% da população activa. Quase meio milhão é jovem;
- O custo de vida aumenta, mas os salários diminuem;
- 400 mil trabalhadores que auferem o ordenado mínimo, têm um salário líquido de 432 euros, abaixo do limiar da pobreza (434);
- 2,7 milhões de portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza e em situação de exclusão social.
- A recessão económica é cada vez mais profunda, o investimento produtivo está parado;
- As privatizações estão a liquidar o que resta do património público;
- As desigualdades agravaram-se e Portugal é hoje o país mais desigual da União Europeia.

Enquanto isso, os grandes grupos económicos e financeiros continuam a acumular e a centralizar a riqueza, com os lucros líquidos das 20 empresas cotadas em bolsa, entre 2009 e 2011, a atingirem 20,6 mil milhões de euros, passando ao lado da crise.

Por tudo isso a greve do próximo dia 22 é um acto patriótico. 
São precisas mais razões? Ah, sim, ainda mais uma: nenhuma das medidas tomadas pelo governo-regente vai no sentido de resolver seja o que for. A marca da sua política de classe está bem patente no ataque às funções sociais do Estado na Saúde, educação ou Segurança Social.

E urge mudar as coisas, enquanto é tempo.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Síndroma de Mamede

Augusto Alberto


Fernando Mamede foi um colossal atleta de rendimento, mas falhou, invariavelmente, como atleta de alta competição. Por uma vez, individualmente, conseguiu uma medalha de bronze num Campeonato do Mundo de corta-mato.
Contudo, fica para a história o estupendo recorde do Mundo na distância de 10.000 metros, com um tempo de 27’13” 81, obtido no dia 2 de Julho/1984, em Estocolmo. Esse recorde durou 5 anos e foi o ponto alto de uma carreira que teve o seu ocaso e epilogo nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, nesse mesmo ano de 1984.

Fernando Mamede teve o condão de mobilizar milhares de portugueses, para uma longa noite, com hora apontada às 5 da madrugada. Foram longas horas de convívio, à volta de umas azeitonas, uns nacos de chouriço, queijo, pastéis de bacalhau, e umas garrafas de tinto e branco, na fiel esperança de ver subir Mamede e a bandeira das quinas ao ponto mais alto do pódio e do mastro. 
Para remate final, o superior gozo de ouvir a Portuguesa, nunca ouvida nestes fenomenais momentos. Mas Mamede, logo após o tiro de partida, refugiou-se na cauda do pelotão e, passadas poucas voltas, sucedeu o óbvio. Encovado e assustado, lavado em cansaço, virou à direita do corredor de competição e sumiu derrotado. O país ficou em pranto, porque o homem que nos desafiou, pela última vez, cedeu à sua síndroma. Sabe-se que os momentos pré competitivos podem dilacerar. Mamede não foi o último.
Cavaco Silva segue-o. Sim, esse. Quando é preciso que se agigante, que dê uma nota superlativa, dá-lhe também para as tremuras. Enrola-se em insónias. Sobe-lhe a temperatura e o suor deixa-lhe a pele viscosa. A boca seca e as mãos que agarram a caneta e marcam as ideias com o teclado no computador, tornam-se titubeantes. Obliterado o discernimento, a síndroma de Mamede faz nova vítima. Cavaco torna-se um simples, capaz, só, tal como Mamede, de ganhar quando sabe que à competição só vão os mais fracos.
De todo o modo, há uma diferença entre Cavaco e Mamede, com crédito para o segundo: Mamede foi uma excepcional máquina humana.

terça-feira, 13 de março de 2012

Há 50 anos, Rádio Portugal Livre


Ao assinalar os 50 anos da rádio clandestina do PCP, que esteve presente, acompanhou e participou diariamente na luta do povo português contra a ditadura e pela liberdade, de Março de 1962 a Outubro de 1974, é disponibilizado no seu sítio uma recolha de extractos de emissões, editada em 1977.
Há precisamente cinquenta anos, a 12 de Março de 1962, rompendo a mordaça da censura salazarista e as barreiras do seu aparelho repressivo, a voz do Partido Comunista Português entrava nas casas de milhares de portugueses desta vez através da sua rádio clandestina – a RÁDIO PORTUGAL LIVRE“essa nova e bela voz irmã”, como a saudou o “Avante!” de Abril de 1962.

Uma estranha PPP


Que as Parcerias Publico-Privadas são um dos melhores meios dos privados sugarem os dinheiros públicos, sem grandes chatices, já todos sabíamos. Agora esta ultrapassa todas as raias do bom senso e já não é um roubo comedido, é mesmo descarado.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Caso de polícia e de tribunal

Augusto Alberto

Se um tipo lhe encostar uma arma e lhe pedir para lhe transferir para a sua, dele, mão, a carteira, o relógio valioso, o telemóvel e os cartões de crédito mais os respectivos códigos, dirá que foi roubado por um malandro. Clamará pela polícia e ao tribunal pedirá que o ponha a ferros. E se o tribunal não ajuizar em conformidade com o seu desejo, dirá: “tudo isto é uma merda e a insegurança é total”. Tem toda a razão.
Mas poderá o caso mudar de figura se em vez de um meliante, for um Secretário de Estado, que escudado num labirinto jurídico, avalizou o roubo ao estado, para dar aos ricos? Poderá! Porque um Secretário de Estado presume-se ser pessoa de bem e o receptor, a empresa do engenheiro Ferreira do Amaral, que foi barão e ministro do PSD/PPD e um dos obreiros destas habilidades que aparentemente só podem ser deslindadas por doutores, também.
Contudo, pouco importa agora que o Secretário de Estado venha dizer que a Lusoponte vai ressarcir o estado. A verdade é que se o barro colasse, seria um óptimo negócio para os calhordas, sempre à espera, calmamente, que chova na eira e faça sol no nabal. Por isso, basta de branqueamentos.
Mas se houver quem insista em dizer em relação ao primeiro ladrão, que não passa de um reles bandido e como tal requer tratamento adequado, contudo, quem sabe se quanto aos outros ladrões, o Secretario de Estado e demais doutores, um dia já não tenham estado em convívio, numa festa do PPD/PSD. Reveja-se. E se concluir que afinal esse convívio foi real, então é bom que saiba que é por causa de rapazes como esses com quem se senta e em quem vota, que a insegurança vai ganhando contornos alarmantes e que há portugueses que só conseguem chegar à sopa e à roupa dada pelos bancos contra a fome. E não fosse o caso desta nação estar completamente minada e controlada por barões divertidos e assinalados, este era um caso de polícia e de tribunal.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Feira

Augusto Alberto


Há uma feira em Santa Maria da Feira. Ou melhor, um Europarque. Uma coisa que foi construída pela Associação Empresarial de Portugal, com dinheiros privados. Os seus sócios, legitimamente, mas com a particularidade de ter o aval do então primeiro-ministro de Portugal, Cavaco e Silva, o que agora derrama lágrimas de crocodilo e de coirão, e ter o estado como avalista.
Em boa verdade, o estado tem muitas tetas, ainda que nem toda a gente lhes ponha o dente. Por isso, apesar de gritarem, os sócios da Associação Empresarial de Portugal, menos estado ou nenhum estado, essa consigna não se lhes aplica, porque quando a coisa tropeça, logo tratam de abocanhar a teta do estado.
Pois ai está. De momento, abocanharam 7,97 milhões de euros, de um total de 31 milhões. Megalómanos, construíram com risco calculado e controlado, e logo que o negócio tropeçou, foi o estado, quer dizer, dinheiro meu e seu, cidadão, que foi derramado para cobrir o descalabro.
Em boa verdade, para mim e para si, a quem vão roubar 2 meses de vencimento ou da reforma e para muitos idosos, a quem se corta na reforma e se recusa o transporte para a consulta e o tratamento e desse modo se acelera a morte, o estado é mínimo ou inexistente, mas para os industriais de Portugal, o estado é máximo.
O que eu quero dizer, é que este país é na verdade uma feira, onde mamam e medram muitos filhos da puta, que a cada passo nos vendem mentiras e milongas, enquanto do mesmo passo, vai muito povo gostando mais de gato do que de lebre. Em todo o caso, é verdade que cada um come o gato que gosta. De todo o modo, apetece dizer: “Oh Gaspar vai para o caralho”. Estás a ficar parecido com um outro doutor em finanças, que por cá também passou, que como tu, foi forte para com os fracos, e coração de manteiga para com os ricos.
E o caro cidadão, o que diz? Nada! Está bem. Sabe, eles adoram caladitos. Pois então.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Na lista da Forbes até estamos bem. Qual crise?


Como diria Negreiros, "Coragem, portugueses, só vos falta as qualidades". Assim, com um pouco mais de esforço, sei lá, perderem 50% do ordenado, aumentarem a votação, por enquanto nas sondagens, na troika, sei lá mais o quê, por exemplo, irem trabalhar no próximo dia 22 de Março, talvez consigam meter 4 ou 5 tugas na lista da Forbes. Porque, por enquanto só lá estão 3.

E mais um dia... internacional

Dias internacionais há muitos. Disto e daquilo. Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Não sei se estamos em tempos de comemorações ou se será mais ajuizado uma reflexão. 
Foi no advento do capitalismo puro e duro, não há outro, aliás, nos finais do século XIX, que as operárias de uma fábrica de tecidos decidiram fazer greve. Para exigir a redução do horário de trabalho para 10 horas, eram impostas 16, para equiparar os salários pois ganhavam um terço dos homens para o mesmo trabalho.
A manifestação foi reprimida, as mulheres fechadas no interior da fábrica que foi incendiada morrendo 130 trabalhadoras. Puro terrorismo, diria eu, se não estivéssemos a falar dos Estados Unidos, a pátria das liberdades que servem de padrão para o mundo ocidental.
No século XX as coisas mudaram um pouco, muito por “culpa” da União Soviética, das lutas dos trabalhadores por todo o mundo, obrigando o capitalismo a tornar-se um pouco menos selvagem. Na aparência.
Hoje em dia não é despiciendo afirmar que esses tempos estão a voltar. Temos estado a recuar. Um retrocesso agora às claras. Civilizacionalmente e tudo. Basta percebermos os direitos que milhares e milhares de trabalhadores estão a perder. Direitos que custaram muitos anos a conquistar.
Bem, chega de reflexão. Comemore-se.
Com a voz e a poesia de uma mulher. 


terça-feira, 6 de março de 2012

6 de Março, aniversário do PCP

A Aldeia Olímpica saúda o 91º aniversário do partido da classe operária e de todos os trabalhadores. 

Angola-China, ou as relações “unilaterais”


Um exemplo flagrante da sujeição e subserviência a que estão dispostos os países que caem nas malhas do imperialismo, seja ele americano, europeu ou chinês, é este.
Angola é um país com muitas potencialidades, mas o grau de corrupção dos seus dirigentes faz arrepiar qualquer um. Ultrapassa, em muito, o panorama português, apesar de Portugal estar, também, a ser governado do exterior.
Tudo porque uma clique de governantes, corruptos e defensores de uma pequena classe ociosa, só têm olhos para o seu próprio bem-estar, não passando de indigentes morais e intelectuais a soldo de quem lhes dá mais. E para quem patriotismo ou soberania nacional são pormenores facilmente desprezados em nome desse mesmo próprio bem-estar.
Não é um fatalismo os povos serem governados por traidores.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A barraca rica

Augusto Alberto

Apanhe o comboio ou pegue no automóvel, cidadão, e abale. Vá ver a capital que desconhece. Não se engane. Comece pela “barraca rica”. Não o complexo de tendas e barracas que o povo designou como, “barraca rica”, no Alto da Ajuda, acima de Belém, para onde sua majestade e família fugiram, para evitar ser embaraçada por gente desprovida, após o terramoto e tsunami de 1755 que dizimou a baixa oitocentista de Lisboa. Mas a actual “barraca rica”, exactamente um ponto abaixo, em Belém, onde habita o topo da elite trambiqueira que dirige esta funesta República. E depois, continue. Pela madrugada, vá ver as novas paliçadas, ou cartonadas, que servem de abrigo aos puídos e ranhosos que se espojam pela Lisboa pombalina. Comece pelas arcadas do teatro Nacional D. Maria. Siga, após, até a estação de Santa Apolónia, e um pouco adiante, pare na pérola de Talavedra, a gare do Oriente. Confirme como nas antípodas da “barraca rica” de Belém há um Portugal imenso, a ser vergastado nas “barracas pobres”. Porque, aqui e agora, há portugueses com fome e, se estão vulneráveis e têm frio apanham a gripe, se não têm dinheiro para pagar as taxas moderadoras e os comprimidos e xaropes, até morrem sem assistência. Grande golpe. Se se morre mais cedo por não se ter acesso aos cuidados de saúde, baixam as despesas com os reformados e os velhos, o que acaba por ser uma benesse para a segurança social.
Antes do terramoto de 1755, a baixa de Lisboa estava carregada de frades da piça, marinheiros despedaçados, outra gente pustulenta e pestilenta, e de tabernas dos jogos de navalha, após disputa de uma rameira, onde provavelmente já arrimava o fado. Recuperada por decisão de Pombal e traçada por Manuel da Maia, vão mais de 250 anos e continua o rio que não pára. Por artifícios de gestão, está despovoada de gente organizada, mas contínua a ser o leito de acolhimento de novos pestilentos e pustelentos.
E na “barraca rica” de Belém continua um punhado de grandes bandidos, que tratam sobretudo de si, e de mansinho, da nossa sorte e morte.

domingo, 4 de março de 2012

O regresso à normalidade






E, como uma desgraça nunca vem só, desconfio que "Átila", a minha gata, é do FCP. Pelo menos a julgar pela altiva pose, como se pode ver na foto.





Greve Geral, um acto patriótico



A CGTP-IN entregou o pré-aviso de greve Geral convocada para o próximo dia 22 de Março. A greve é contra a política de exploração, de empobrecimento, de criação de desemprego, injustiças e desigualdades, que são, em última análise, o objectivo supremo dos regentes do capitalismo internacional que (des)governam o país.
Mas não deixa de ser, também, uma atitude patriótica contra os vendilhões que a troco de algumas benesses deixam o país à mercê da voragem estrangeira. Que a troco de algumas benesses entregam o estado, que já não tem sectores estratégicos da economia absolutamente nenhuns.
Que roubam o Estado, ou seja quem trabalha, quem produz, quem paga impostos, para dar aos nababos magnatas que nada produzem.
O caso do BPN, em que o Estado colmatou com dinheiros públicos o que de lá foi roubado, para depois o oferecer a grupos privados por tuta e meia, e o caso da RTP, em que se tenta desvalorizar a estação, com o silêncio do suposto governo, para depois melhor se concretizar os seus desígnios, ou seja privatizá-la, ou melhor, dá-la de mão beijada, são casos, além de descarados, muito graves.
Por isso, a greve geral de 22 de Março é indubitavelmente um acto patriótico.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Vintage? Não é má ideia, não senhor

Porto da Figueira: em 2012 a crise continua a passar ao lado

foto: alex campos

O porto da Figueira da Foz, que em 2011 bateu o record de movimento de mercadorias, como aqui dissemos, continua, em 2012, a ser o porto que maior crescimento tem registado.
Nos dois primeiros meses do corrente ano contabiliza um aumento de cerca de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Movimentaram-se, até dia 29 de Fevereiro, cerca de 279 mil toneladas, ou seja, mais 84 mil.

"Anda Pacheco"

Augusto Alberto


"Anda Pacheco!" Ficou célebre o modo como Hermínia Silva motivava os seus guitarristas, para a conversa sobre o fado. Hoje, anda qualquer coisa de semelhante no ar. No Diário de Noticias, no Público, no Jornal de Noticias, no Correio da Manhã. Em todos os jornais especializados em economia. Na TV1, TV2, TV3, TV4, TV5, TV6 e Tv7. Em diferido e sobretudo em directo. 
"Anda Seguro!", ou melhor dizendo: está em marcha uma longa e muito bem urdida campanha com vista ao branqueamento, lavagem e ressurreição do partido socialista, que visa colocá-lo no lugar onde sempre esteve. A saber: primeiro, travar o movimento social, fazendo crer que não é preciso lutar porque o partido socialista, de esquerda e com preocupações sociais, chegado ao poder, resolverá o problema. Segundo, evitar que à sua esquerda, a esquerda consequente, o PCP, cresça e se coloque com 2 dígitos. Terceiro, estar a tempo e horas pronta a alternância para em caso de falência absoluta da direita trambiqueira, PPD/CDS, o poder não caía de maduro, a pique e quem sabe, na rua. E avance, então, a mudança das moscas mas que se mantenha a merda. Ou ainda, como sempre foi usual.
Quando o “preto” de confiança começa a vacilar e se abeira do precipício, logo outro “preto” está preparado para ser lançado ao serviço. Na verdade, é preciso que o partido socialista recupere a cor e o fôlego para que cumpra, como sempre cumpriu e à semelhança dos demais partidos socialistas por esse mundo, o papel de tampão dos movimentos sociais. Como disse Lampeduza, avança a alternância para que tudo fique na mesma.
No fundo, é o país enganado, corneado e fétido. Ou a ressurreição da traição.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Um silogismo errado




"O PS assinou o  acordo com a Troika.
A Troika está satisfeitíssima com o governo.
Seguro quer que o governo assuma responsabilidades pela governação".

Ou Seguro não está a entender nada disto e está a ver o filme ao contrário, ou, então, está na mangação. O que faz com que o silogismo não bata certo.
Incongruências, pronto!!