domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nougaro

Lula em Cuba


Em recente visita a Cuba, onde assinou alguns acordos comerciais e afirmou que o país do Caribe pode sempre contar com a solidariedade do Brasil, o presidente Lula da Silva desafiou o presidente norte-americano Barack Obama a levantar o bloqueio contra Cuba.

Foi ao despedir-se de Raúl Castro, no aeroporto José Martí, que Lula afirmou que Obama deve ter a mesma coragem demonstrada pelo povo americano ao elegê-lo e levantar o bloqueio económico, comercial e financeiro contra Cuba, que se mantém sem que algo o justifique.

HDFF vai perdendo valências


A Assembleia Municipal aprovou por unanimidade uma moção contra o eventual encerramento do Serviço de Oncologia do HDFF. O que quer dizer que os deputados socialistas também votaram pela aprovação.
E que poderá querer dizer (a menos que seja só estratégia o sentido de voto dos socialistas, o que, de resto, não seria novidade) que a política actual deste governo PS tem os dias contados e que no próprio “ps” José Sócrates já não terá muita credibilidade. Quando do encerramento da maternidade não houve, pelo menos não me recordo, qualquer pronunciamento por parte dos “socialistas” figueirenses. Agora o que se passa traduz-se por uma reprovação inequívoca da política do governamental.
Diga-se também, em abono da verdade, que os ataques e a política de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde já passam das marcas.
Diga-se também que será sempre precisa atenção, muita atenção, porque nunca se sabe se o governo conseguirá mesmo assim encerrar os referidos serviços.
Da boa vontade, da competência, dos objectivos políticos dos socialistas penso já estarmos bem conversados. A situação actual do país fala por si.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Savimbi, o traído



Fernando Campos tem razão quando diz que é dificil encontrar uma visão distanciada e desapaixonada de Jonas Savimbi. É da mais elementar justiça que, à luz da História, lhe seja consentido tal.

Temo que seja difícil. Pela personalidade do próprio. Traidor por vocação, e muito posivelmente por convicção, Savimbi morreu como viveu. Viveu a trair e morreu traído. Nunca teve uma ideia sobre a independência de Angola, nem por ela lutou, serviu o colonialismo, o apartheid, e tranformou-se no homem de mão do imperialismo americano até que este o eliminou quando já dele não necessitava, como fez, aliás, com Saddam e outros, e que já é um comportamento normal.

Além de ter lutado ao lado das forças colonialistas, o que fez à Zambia é um verdadeiro manual de instruções da traição. A Zâmbia, país interior, necessitava do Caminho de Ferro de Benguela. Savimbi logo após se ter comprometido com Kaunda a deixá-lo intacto, dinamitava-o. Aconteceu várias vezes.

Apoiou-se no mais numeroso grupo étnico angolano, os Ovimbundus, refugiando-se no tribalismo quando Angola caminhava para um nacionalismo à dimensão do seu povo e território. Teve sempre muitos bons amigos mas ficará para sempre um incógnita: quem fundou a Unita? O general Costa Gomes? A própria PIDE?


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

FLASHS

O girassol olha o sol
com olho de lua

confiança
é dormir igual criança
na cama de outrém
lar é uma casa
com jeito de útero
cheiroso
é sentir um gozo
na ponta do nariz
única filha é aquela ilha
cercada pela família
o rio segue seu curso
e se diploma no mar
o cigarro e a cigarra
rebentam o peito
na marra
quem tem pena de passarinho
é passarinho
o silêncio é poliglota
comunica-se e se faz entender
em todas as línguas

Como se limpam siameses

por Augusto Alberto
E agora jotinhas do partido socialista figueirense? Que dizeis vós?
Eu bem vos avisei que chegaria o tempo de corrigirem o cartaz. Lembram-se do que espalhasteis pela cidade a indicar os culpados pelo estado da nossa terra? E eu nesta aldeia olímpica, retorquir, que chegará o dia em que o cartaz terá de se abrir à “direita”, para lá esparramarem o vosso punho e os vossos líderes locais, porque pela amostra, as coisas só poderão acontecer assim. Infelizmente, não para vós, mas para nós e acCidade, bastaram 100 dias para os vossos líderes darem nota do que valeis.
Mas eu bem sei que dentro de 4 anos, quando chegarmos ao tempo de novas eleições, vós, jotinhas de hoje, já tereis deixado a tetina e os cueiros e pelo andar da carruagem tereis a merecida recompensa. Subireis à qualidade de director geral ou deputado de “Portugal”. Porque tornastes o vosso caminho tão fácil e certeiro, ainda que tenha de ser levado à conta daquele axioma bem Português, que diz: - "em terra de cegos quem tem um olho é rei". E logo esquecereis o cartaz que criasteis, com a irreverência da vossa arte, num impulso, muito para lá do pós modernista. Sereis outros. Aparecereis imaculados, como se nada do que hoje acontece, e ontem aconteceu, tenha a ver convosco, para mais uma vez tentardes vender, a pataco, as vossas alarves propostas e estilo. Aliás, como bem desconfia o vosso mal amado líder local, João Paredes, a propósito da soberba “aldeia do mar”, com que vendesteis a vossa campanha. Atentai que não se trata da desconfiança de um qualquer “figueirinhas”, mas do vosso, dizem alguns vós, (des) ajeitado e democrático líder. Em boa verdade, tudo em vós se ajusta e está tão próximo. E a confirmar, deixo aqui ainda a seu crédito, uma outra boutade: - os assessores do actual presidente, são de relativa qualidade. Ora cá está. Já a gente sabia há muito tempo, que tudo, ou quase tudo o que tem saído desse partido socialista, local e nacional, é de relativa qualidade, (o que fizeste Tavares). E por isso, sou tentado a concluir, que de facto, os vossos cartazes, estão eles próprios, em linha, também, com essa duvidosa qualidade.
Mas não desmereceis. Porque ao que se pode ler pela imprensa regional, muitos dos vossos camaradas já pedem cabeça e orelha do vosso mal amado líder local. Ou de como com duas cajadadas, o leninismo veio a correr, limpar os dois partidos siameses cá da terra. Quem diria como esta coisa vai fazendo escola.
Bem sei que dá comichão ver e ouvir rir um comunista, mas é a vida, como dizia um vosso anterior secretário-geral.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quem me dera ser


foto: alex campos


I
Ah quem me dera ser o mar
Onde o teu olhar está navegando
Dobrava o meu ondular
para o teu sonho embalar
e o teu corpo ir conquistando
II
Ah quem me dera ser o mar
Onde mergulhas tua esperança
Fazia teu corpo flutuar
E tudo para te agradar
Merecer a tua confiança
III
Ah quem me dera ser o mar
Onde navegam teus desejos
Sentir o teu coração pulsar
Teu corpo poder acariciar
Inundar-te com meus beijos
IV
Ah quem me dera ser o mar
Onde guardas teus pensamentos
Para teus segredos partilhar
Ao teu ouvido murmurar
A verdade dos meus sentimentos
V
Ah quem me dera ser o mar
Que por ti... é tão admirado
Ter a arte de deslumbrar
Ser eterno para te amar
E ser eternamente amado



José Manangão

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Planos inclinados há muitos


Assim percebe-se melhor como a justiça não funciona neste país. É que sendo algo que dá trabalho eles, os agentes da referida, neste caso os advogados, utilizam a lei do menor esforço, que é o que um plano inclinado permite usar.
E eles têm um plano inclinado como podem ver aqui. Só não sei quantos graus, mas a julgar pela xico-espertice é um plano bastante eficiente, ao ponto de permitir brincar com o trabalho dos outros.
Assim vai o país.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Choveu na Madeira


Ninguém pode ser culpado de tragédias naturais. Se bem que com outras mentalidades, o mesmo é dizer outras políticas, dando mais valor ao ser humano, o que aconteceu no Haiti, um simples exemplo, teria muito menores consequências do que as que teve, se bem que seriam sempre terríficas.
Na Madeira, ontem, outra trágédia natural. As consequências não terão sido o preço que pagamos pelo actual sistema politico-económico em que estamos atolados, um sistema em que o lucro tem muito mais importância do que a própria condição humana?
Vejamos os lucros fabulosíssimos das grandes empresas. Não há crise que os abale. Dá para perguntar para onde vai o dinheiro dos nossos impostos uma vez que se notou que na Madeira, um paraíso fiscal, não há um radar meteorológico que teria permitido avaliar a dimensão do acontecido e assim, contribuído para minorar as consequências.
Segundo o jornal o Público, o climatologista da Universidade de Lisboa Ricardo Trigo, diz que seria importante haver um na Madeira, uma vez que só há dois no país.
Talvez se pense nisso agora. Depois de casa roubada...

De chuteiras na mão

Augusto Alberto


É meu costume passar com regularidade pelo Marcha do Vapor, do meu amigo Rogério Neves, que aproveito para cumprimentar. Fiquei a saber de um seu lamento, após a sua visita a Arazede ao campo do Faíscas, para realizar uma reportagem sobre o jogo de futebol para o campeonato Nacional de Juniores entre a Naval º de Maio e o Atlético Clube de Portugal. Diz o seguinte: - entrei e fiquei de boca aberta pelo que pude apreciar…um excelente sintético com 100x64 com sistema de rega próprio de canhões… A obra custou 400 mil euros, 80 mil contos em moeda antiga". E eu também fico mais ou menos espantado. Primeiro porque Arazede é terra do Concelho de Cantanhede, lugar onde em 1975, em dia de feira, passei maus bocados. E porque também se dizia ser terra conservadora e de origem de muitos pides. Não sei. Conheci alguns, mas nenhum de lá. Mas a grande questão é a da constatação de que Arazede, terra rural, tem o seu belo parque desportivo e a Praia da Claridade, também o tem, mas inqualificável. Por fim, o Rogério gostaria de saber de quem é a culpa. No fim lhe direi.
É sabido que um belo parque desportivo pode ser um belo cartão de visita para uma terra. Sendo assim, aproveito para lembrar aqui um texto que escrevi no ido semanário Linha do Oeste, publicação nº 88, de 30/11/98, com o titulo, “desta vez sai um convite”, exactamente a propósito da relevância de um belo parque lúdico, depois de uma viagem a Bordéus. Convidei nesse texto os responsáveis desta praia a uma visita a Bordéus Le Lac, para aprenderem como se faz e de como aquela cidade só se pode sentir bem, por ter aquele notável espaço.
Quer isto dizer que sendo eu um tipo dos barcos, contudo, aflige-me o estado em que se encontra aquele espaço, que aparenta não ter solução. E se alguém o conhece bem, sou exactamente eu, porque por ali, em condições miseráveis, palmilhei muitas séries de 400 e 1.000 metros. Acredito que os interesses à volta dos terrenos, seja um obstáculo à solução. Mas quem visita esta Praia da Claridade, só poderá exclamar, que na bela praia habitam uns tipos irrelevantes e por isso só podem ser franciscanos.
Mas entretanto também registei bem a entrevista à TV., do nosso novo Presidente, em directo, por alturas da transmissão do Carnaval. À pergunta, como vai a Figueira, responde lesto: - vai muito bem. Vamos iniciar a construção de um golfe e continuou.
Ora cá está. Dir-me-ão que o turismo exige um golfe. Não me lixem. E os que cá estão, tem direito a quê? A questão caros amigos, e agora cá está a resposta ao meu amigo Rogério, que me desculpe. Aquilo que se tem feito nesta cidade, desde há muitos anos, são dois modos de fazer politica. Uma populista e outra tão reles como anterior, de classe. Eu bem sei que vai haver gente que rirá. Mas se acham que não, resolvam então o que há muitos anos parece não ter solução e que tem a ver com as necessidades das pessoas, porque em boa verdade, os dirigentes desta formosa Praia da Claridade deveriam ter vergonha de os seus filhos serem abrigados andar com as chuteiras na mão à procura de um sitio para fazerem em segurança aquilo que mais gostam. Dar uns chutos na bola.
Mas isto tem responsáveis Rogério. Pois tem. Tem sido todos os figueirinhas que com as suas artes têm permitido que esta gente continue a decidir, incluindo muitos paizinhos destas belas crianças. Pois é!
Com um abraço, Rogério, e grato pelo teu texto. Não há que desistir.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A cidade e as vilas (ainda)

No mapa reproduzido em baixo pode-se ver, contornada a amarelo, a delimitação da cidade da Figueira da Foz, segundo o Decreto nº 45 638 do Ministério do Interior, de 1964 e que, quanto sei, nunca foi revogado. Como é de fácil detecção, tanto a Cova-Gala como Tavarede são parte integrante da cidade. Nunca poderiam, portanto, ser elevadas a vila, como aconteceu no Verão passado. Seria o mesmo que o Bairro Alto, em Lisboa, ou Massarelos, no Porto, também serem elevadas a vila. Com a agravante do caso de S. Pedro, que fisicamente não existe como povoação, sendo então uma vila fictícia. O que reforça a ideia de uma medida bacoca, desprovida de nexo, para enganar papalvos. É o poder político que temos, não temos outro. Incompetência, oportunismo, ignorância, poder-se-à chamar muita coisa. É só escolher.




(O Decreto-Lei)
(clique nas imagens para ampliar)


"Só há uma treva: a ignorância" (Shaskespeare)

cartoon de F. Campos

Para criminosos é quanto basta

Augusto Allberto


O mundo ocidental de uma penada tem estado a abrir sucessivas brechas, que desdenham da sua superioridade moral e democrática. O terramoto do Haiti foi amplamente cruel, porque deu a imagem afinal de um povo miserável para resistir ao mais leve safanão. São as várias noticiais que nos chegam da sodomia dos padres em vários locais, muitos, sobretudo na Europa e que menorizam a cultura cristã e nem o pedido de desculpas a deus, servirá para aliviar dores. Aliás, seria preferível pedir ao diabo clemência, porque poderão ter que se colocar em posição de quatro, quando chegarem ao inferno, único lugar de expiação, se o diabo for tolo ou bruto.
E agora chega-nos a notícia de como umas centenas de militares, muitos deles sem noção, foram expostos a radiações nucleares, no Saara argelino, no sentido de serem as cobaias do plano nuclear francês. Esta não é matéria nova. Também os americanos nos idos anos 50, usaram os seus desertos para semelhantes processos. Aliás, as práticas de abusos, ainda agora, nesta matéria, são conhecidas. Refiro aqui o modo como os americanos tratam as coisas na pequena ilha de Viesques a sudoeste de Porto Rico, local de todo o tipo de experiências com o mais variado tipo de bombas, incluindo nucleares. Evidentemente que a população, por muitas e diversas vezes pediu o fim da saga, e que os americanos os deixem em paz, mas os seus desejos não chegam para derrubar os interesses do império, como é bom de ver. E quanto aos franceses, é conhecida a resistência de movimentos pacifistas e ecologistas às suasexperiências nucleares no Atole de Mororoa, no departamento (ultramarino) da Guiana, com enormes custos na biodiversidade e na qualidade de vida dos nativos.
Aqui chegados poderemos concluir que estas experiências dirão respeito sobretudo ao estado francês e ao seu povo e inclusive, admitir que os próprios franceses as acharam e acharão por bem, porque contribuiram para a sua própria segurança e da democracia em que vivem. Sem dúvida! Mas a questão, vistas as coisas por outro prisma, não será essa. O importante é saber que moral tem esta gente para exigir aos outros, aos do eixo do mal, a moral que eles próprios não tem.
Em boa verdade, o mundo há muito que está a ser dirigido por fascínoras que usam a mentira e a desinformação para conseguir levar a água ao seu moinho. Por isso, esta coisa vai acabar, como sempre, com um pedido de desculpas. Porque, para criminosos, é quanto basta.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Distracções


Ao deparar-me com a manchete de hoje do pasquim acima tirei duas conclusões. A primeira é que o presidente da edilidade não visita este humilde blogue.
Se o fizesse teria lido, e ficado um pouco mais elucidado, um trabalho tão sério como bem elaborado do deputado da CDU à Assembleia Municipal, Nelson Fernandes, sobre a situação financeira da Câmara. Aqui o recordo.
A segunda conclusão é que alguém o andou, e anda certamente, a enganar. Na campanha eleitoral o partido pelo qual se candidatou falou, no meio das promessas que fez, na péssima situação financeira da edilidade, assunto que chegou a ser abordado nos debates em que o senhor participou.
Agora afirmar-se surpreendido com a situação grave que encontrou parece-me distracção a mais para um político com as responsabilidades inerentes a um presidente de uma edilidade como a da Figueira da Foz.
Pronto, a política é assim mesmo, o que se há-de fazer?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O negócio do carimbo

No estado em que isto está era suposto pensar-se que batemos no fundo. Em 2009 a banca lucrou 4 milhões por dia, mais de 37 mil empresas encerraram, o desemprego além de assutador começa também a ser descontrolado, os casos de corrupção começam a vir ao de cima a uma velocidade estonteante. Não faço ideia onde estará a crise senão estiver na falta de vergonha, de honestidade, de dignidade dos governantes que temos tido.

Pior, seria impossível. Seria, mas, imagine-se, não é. Eis senão quando aparece um carimbo, tal qual a cereja no topo do bolo, a demonstrar que a desvergonha, a insolência, a indignidade não têm limites. E pior, pior, é que jogam com uma tremenda falta de capacidade de indignação de uma grande maioria. E é esse o perigo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

2.5 Milhões de deserdados, verdadeiros espinhos do socialismo de rosto humano

Augusto Alberto


Há muitos anos que se sabe que o Partido Socialista mandou o socialismo dar uma volta. E também já se sabia que o Partido Socialista de cada vez que tem o poder, se coloca ao arrepio da História, ainda por cima com maioria absoluta, e por isso, acaba de rastos, com muitos dos seus rapazes a fugir de modo recatado e ágil, na procura de novo barco, como se tratassem de ratos a saltar, na eminência do afundamento do glamoroso transatlântico.
Contudo, a história das velhacarias socialistas, vêm de muito longe. Cito aqui uma amorosa informação, feita na primeira pessoa, por um cidadão muito conhecedor do P.S. e hoje dado ao mais cruel esquecimento, porque se por cá se fazem, por cá se pagam. Diz a descrição que, após o Partido Socialista ter contribuído para a implementação de um regime democrático em Portugal, vulgo à época socialismo em liberdade ou socialismo de rosto humano, foi toda a Internacional Socialista, em alegre festança politica para o México, como descreve o socialista caído em desgraça, para entronizar Mário Soares. O socialista…
Obviamente, o caminho socialista e da Pátria tem andado em paralelo, com breves interregnos, em que o ppd/psd e cds, também se cruzam, sem escolhos de maior. Manda a verdade dizer, que não é de negligenciar o sério e activo contributo do povo, que com o seu voto, tem caucionado esta jornada, que o está a levar à exaustão, sem aparente preocupação. Por isso, hoje o país, após a longa jornada que começou com o tal socialismo em liberdade ou socialismo de rosto humano, parece trôpego e sem tino. De momento anda a pátria presa das rábulas do nosso Primeiro – Ministro. Esta de querer o controle da informação, é só mais uma entre tantas. Mas convem dizer que o controle da imprensa não é coisa nova, porque o principal da questão, é saber como se mantêm e entretêm a populaça, com boçais novelas, concursos e missas, em conformidade ideológica, necessária à manutenção do regime. Não nos esquecemos que nesta necessidade do controle dos meios que moldam os espíritos, vulgo comunicação social, até a igreja teve o seu quinhão, quando conseguiu um canal de TV. e influenciou decisivamente alguma imprensa escrita.
Nesta rábula nada de novo. O que deveremos perguntar é para que quis o Partido Socialista o poder, com o seu socialismo de rosto humano ou socialismo em liberdade? Essa é a questão central, pelo que, de momento, as rábulas à volta do controle da informação, só servem para desviar atenções das questões centrais, que são as da qualidade de vida de pelo menos 2.5 milhões de deserdados, verdadeiros espinhos do socialismo de rosto humano.
Evidentemente que por este andar, o Partido Socialista vai repetir, mais uma vez, aquilo que já fez no passado, por deméritos próprios. Entregar o poder à direita. Mas em boa verdade, andando o poder, entre o partido socialista, o ppd/psd e o cds, ele anda sempre pela direita. E pequenos lampejos sociais, são o modo muito bondoso, de fazer caridadezinha, como muita da nossa elite da caca gosta.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sismo em Cuba


Um sismo de intensidade 4.4 fez-se sentir na última 4ª feira em alguns municípios da parte oriental de Cuba, a mais próxima do Haiti, nos municípios de Guantánamo e Holguin. O epicentro, situou-se a 10 quilómetros de profundidade e a 33 quilómetros da localidade de Imias, em Guantánamo. Não há, felizmente, noticia de prejuízos humanos ou materiais.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Taça de Portugal

Naval 1º de Maio - Desportivo de Chaves
A minha final antecipada!
Que ganhe um deles.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cultura aumenta na Figueira (II)

Já tinhamos sido informados de que o poder é afrodisíaco. Ficamos a saber que o é ao ponto de se fazer transportar para "paraísos artificiais", de tal modo que permitem equiparar o Museu dr. Santos Rocha aos Museus do Louvre e do Prado. E perder o sentido das realidades.
Enfim!!!
Que azougaria para aqui vai.




Fon, Fon, Fon

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cultura aumenta na Figueira



Pode ser vista como uma medida contra a discriminação. Já se sabe que a saúde, a educação, a alimentação, a água, uma das mais caras do país, se pagam muito caro. Agora, também na Figueira da Foz, a cultura vai sofrer um aumento considerável. Portanto, a primeira leitura que nos oferece fazer é que há um esforço do”ps” para harmonizar a coisa.
Falamos dos aumentos do custo das entradas no Museu Municipal Dr. Santos Rocha. Vão subir de 1.30 para 5 euros, sensivelmente o dobro do que é praticado noutros museus.
Está bem que o “socialismo moderno” tem as suas singularidades, mas esta ultrapassa a imaginação.
Significa, sobretudo, que estes tipos não estão lá para servirem as populações. Já visitei a Fundação Gulbenkian, privado e que não se compara como é óbvio, pagando muito menos de metade no conjunto dos dois museus, o de Arte Antiga e de Arte Moderna. Com o pormenor de a visita ter ocorrido no Verão.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

David Kelly, lembram-se?

É um dos milhares de crimes que passam despercebidos. Ou melhor, o seu assassínio teve como objectivo encapotar talvez o mais miserável acto de terrorismo, de vandalismo, de horror, perpetrado poelas "democracias" ocidentais nas duas últimas décadas. É assim que se defendem.
Mais informação aqui.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A obscenidade

Augusto Alberto

Ontem recebi de um amigo, a viver no Brasil, imagens do Haiti que nos colocam proximo da obscenidade. Porque só agora estas imagens, somos levados a perguntar. Porque foi preciso que o capitalismo abrisse uma colossal brecha, que somou ao Haiti mais miséria à miséria. Até há bem pouco tempo, o Haiti era aquele bocadinho, completamente privado, na rota dos colossais barcos de gente com muito, muito dinheiro. De resto, os milhões de desgraçados, nunca contaram para nada, a não ser para fazerem o papel de desgraçados, para um dia serem a cara da caridadezinha.
É nesta relação fétida de opulência e miséria que o grande capital vem fazendo a sua escola e a sua história, ao arrepio das necessidades dos povos. A isto, uns fulanos medrosos, vão chamando democracia.
Mas é evidente que o mundo está muito para lá daquilo que nos parece e tem factos que nem sequer imaginamos. Por isso, não se julgue que estas imagens destrutivas e desconstrutivas do Haiti não têm paralelo. Desenganem-se. Chegará o dia em que imagens nos dirão,como famílias completas americanas assentaram em parques e jardins, com tenda, porque o mundo que os moldou, os atirou para as fímbrias e lá se foi o sonho e a grandeza da família americana. Assim como notícias que nos vão chegando, das centenas de mendigos, expostos à inclemência do frio pela Europa central, que morreram álgidos, sem agasalho e sem beira nem eira. Estas serão sempre notícias e imagens desapiedadas, por factos tão semelhantes, que caracteriza o grande capital. Porque trata as coisas do mesmo modo, quer seja no Haiti, em Nova Orleães, na Alemanha, na França ou Polónia. Não sei se será por causa destes factos indestrutíveis, mas já há muito notei que os defensores desta sacra sociedade estão, parece-me, em fase de hibernação. Eu sei que é difícil tratar por bem estas coisas e que o seu branqueamento não é fácil, porque não há como derrubar os factos.
Tenho ainda bem a noção de que é difícil tomar partido sobre as coisas e os factos, às vezes até é perigoso, mas mais vale a pena correr os riscos inerentes à verdade, do que ser um sacana mole. Por isso, no conforto das imagens que me foram enviadas, e que vos deixo, é agora o momento de os anónimos defensores desta coisa fétida, que tratam por democracia, terem a bondade de nos dizerem,que lhes chegam as migalhas.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

“A língua portuguesa é o nosso espólio de guerra”



Não me recordo a quem pertence a declaração em título, se a Pepetela se a Luandino Vieira. Foi proferida após a independência e, passe o humor e ironia nela contidas, traduz a certeza de que os angolanos, apesar de tudo, herdaram um tesouro, enriquecido com o facto de ser ela, a língua portuguesa, um promotor de unidade nacional.
Os portugueses em África atribuíam nomes de figuras suas a localidades, mas também nomes de povos e de sub-grupos desses povos.
Alguns exemplos: no norte Maquela do Zombo ou Sanza Pombo, sendo que os zombos e os pombos são um sub-grupo dos Bakongo. Ou Andulo, Bailundo, Huambo, estes no centro-sul, sub-grupos ovimbundos.
Claro que as palavras estão adaptadas à língua portuguesa. Porto Amboím vem dos amboíns, ou Va-Mbui.
Mas isto é do conhecimento geral. O que eu não sabia, e certamente os leitores, é que a província do Bié foi buscar o nome ao sub-grupo Vhié. E porquê a troca do “ v” pelo “b”?
O poeta angolano Namibiano Ferreira explica-nos, no seu blogue, que os primeiros colonos portugueses eram oriundos do norte do país, onde a letra v vale por b. Depois da independência ter-se-á tentado restaurar o nome da província mas já não foi possível.
De qualquer maneira um bom “bife com um obo a cabalo”, regado com um bom “Ebel” do Douro, tanto sabe bem no Vhié como em Bila Real. Ou em Balongo.
(Na imagem: mulher mucubal, da região de Moçamedes)

Esquerda moderna



Não há maneira de nos vermos livres desta gentalha?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Taça de Portugal



E uma final Desportivo de Chaves-Naval 1º de Maio?
Até tinha a sua piada. Sobretudo por ser disputada por dois emblemas considerados pequenos. O futebol é fértil nestas situações. Lembra-nos as finais Beira-Mar-Camomaiorense ou Estrela-Farense.
E transporta-me, pelo paralelismo, para uma situação que no Mundial já é frequente, e incómoda. Um Brasil-França. Isto porque não consigo “torcer” por nenhum deles e no fim festejo. Só que na competição máxima os gauleses têm abusado da minha condição francófila e não têm dado hipóteses ao “meu” Brasil. Foi em 86, em 98 e 2006. Já é demais.
No caso presente acho que se Desportivo e Naval forem os finalistas eu festejo antecipadamente.
Tudo porque são as duas cidades portuguesas a que eu estou sentimentalmente ligado. Vivi numa e vivo noutra. São minhas.
E a cereja no topo do bolo: uma joga à Sporting e outra à FC Barcelona, os melhores clubes do mundo e arredores.
Seria uma festa. A grande festa do futebol.
Viva o Desportivo.
Viva a Naval.

Aos falaciosos há que caçá-los

Augusto Alberto

O anterior responsável pela bancada parlamentar do Partido Comunista Português, Octávio Teixeira, começou e bem por colocar alguma ordem e clarividência em assuntos que dizem respeito à próxima batalha eleitoral para a Presidência da República, que correrá para o próximo ano, quando afirmou que Manuel Alegre não alcança o consenso de toda a esquerda. Cá está uma preciosa observação, porque nesta matéria, há gente, o próprio Manuel Alegre e os seus actuais amigos, que trabalham para que a memória se apague. Há hoje uma tentativa de branqueamento e sobretudo, do apagamento da história e dos factos. Porque nos querem fazer querer que as misérias que têm caído sobre a pátria nestes longos 36 anos, têm origem num espírito invisível e mau, que pairou sobre o povo e o emprenhou, sem cópula, de todo o tipo de malfeitorias. Assim como uma espécie de fenómeno, que se coloca para lá da mão e da vontade do homem, como foi o caso da imaculada Maria. Mas não é assim, porque Manuel Alegre e os seus anteriores amigos, copularam virulenta e manhosamente sobre o povo e de momento não podem fazer crer, juntamente com os seus actuais amigos, que nada se passou. Passou com certeza.
Lembro que Alegre com os seus anteriores companheiros flanquearam o país, de norte a sul, na companhia de gente do pior do reviralho. Alguma dela, para nossa infelicidade, continua por ai na tomada de decisões e por isso, no contínuo das malfeitorias, é bom não esquecer. Também, nas suas próprias decisões como deputado, sempre foi um carreirista e um “yes boy”, daqueles que a única coisa que fizeram foi sublinhar e apaparicar as politicas que nos tem custado o sono e a paz. Na tomada de decisões dentro do seu próprio partido, sempre acompanhou os que colocaram este país no pântano, para usar uma expressão tão cara a um seu amigo, que vendo as coisas tão ruins, acabou por fugir, com gosto e respectivo proveito. E inclusive, do ponto de vista do carácter, coisa que tenta sublinhar, como lhe sendo cara, lembro que para não ter que dizer não à co – incineração na cimenteira de Souselas fugiu de ser eleito deputado pelo círculo de Coimbra, como era habitual, para ser eleito deputado por Lisboa.
Não há então que enganar. Por mim poderá estar descansado. Dar-lhe-ei a caça possível e por isso, em minha consciência, com o meu voto, não cortará orelha e rabo, nem andará em ombros à volta da praça.
Este Manuel Alegre é, como muitos dos seus antigos e actuais amigos, um falacioso. Mas infelizmente, há ainda quem goste de ir ao engano.

Há sempre alguém que diz não...


Lá vamos, cantando e rindo, num carrinho cor de rosa

Portugal fecha o ano de 2009 com a terceira taxa de desemprego mais elevada da zona euro. Foi de 10,4 em Dezembro.
São dados que, segundo a CGTP-IN, colocam dúvidas quanto à eficácia das medidas implementadas no último ano para o combate ao desemprego.
Segundo um documento da central sindical “é preciso uma mudança de política que assuma a componente social como prioritária, assente na alteração da matriz de crescimento, na promoção de mais e melhor emprego e no firme combate à precariedade e desemprego, bem como na melhoria dos salários e das pensões enquanto elementos indispensáveis para aumentar o poder de compra das famílias e, simultaneamente, dinamizar a economia”.
Mas o governo está ao serviço de interesses particulares, e não terá nem grande interesse nem tempo para pensar no estado do país.
O que se passa com a saúde é paradigmático. Segundo noticias vindas a público esta semana, a medicina privada teve um lucro de 700 milhões. Tem, então, dado frutos a destruição do Serviço Nacional de Saúde, que pelo alerta do sindicato dos Médicos continua. Com a penalização das reformas, as quotas na carreira, o modelo de avaliação os médicos sentem-se prejudicados e, ou pedem a reforma ou fogem para o sector privado que paga melhor. A par disto vão fechando valências em hospitais com aquela mentalidade de que a saúde é um negócio e se não se fizer “x” consultas, ou “x” partos a unidade fecha.
A situação começa a ser insuportável.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A nova ordem mundial

Para o ano fiscal de 2011 o orçamento militar dos EUA, segundo divulgação do Pentágono, é o maior desde a Segunda Grande Guerra. É assim uma coisa como 708,2 biliões de dólares.
Este orçamento é superior a todas as despesas militares de todos os outros países juntos, incluindo a China.
De resto a guerra é o investimento principal do imperialismo americano, contando com 800 bases em 60 países.
Lentamente uma nova ordem mundial se vai impondo, e, como se pode ver, de cariz fascizante. Recorde-se que, caricato, os EUA são liderados pelo Prémio Nobel da Paz. Quer dizer, a nova ordem mundial é a mesma, está é a sofrer um incrementozinho, ou seja, uma nova estratégia.
Mais informação aqui.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Como as pombas são comidas por falcões

Augusto Alberto


Os portugueses têm um coração grande e bondoso e, por isso, bastas vezes, acabam com uma lágrima no canto do olho. Em linha com esta bondade, estiveram no estádio da Luz, mais de 50 mil, num momento de recolha de fundos para a recuperação do Haiti. Foi o modo como naquele momento, um povo terno, convencido da sua razão, se mobilizou para ajudar gente que desde há longos anos não conta exactamente para nada. E será por isso que me fica uma dúvida. Receio que estes portugueses solidários e de coração derretido, desta feita, não tenham sabido bem ao que foram. Aliás, tenho cá em casa alguém que metodicamente registou exactamente essa minha dúvida, num simples desabafo: ” Será que o dinheiro vai mesmo chegar ao Haiti?.” Sendo esse o nó da questão, boa pergunta, claro está. Em boa verdade, eu também acho que não. Ou melhor, o que eu acho é que o dinheiro vai cair, mais uma vez, na caixa da Haliburton, a empresa que plana acima dos estados, que presta serviços para o Iraque e para o Afeganistão, como por exemplo, acções de reconstrução, segurança privada, ou fornece os alimentos para a tropa. E que tem com o lucro uma relação de tal modo trapaceira, que num dado momento não hesitou em fornecer alimentos estragos, e por via disso, conseguiu pôr a tropa no Iraque de caganeira. Uma empresa assim só pode ter rostos muito pouco filantrópicos, claro está.
Aliás, bem conhecidos, e de quem se diz, mansamente, serem os falcões da administração americana, ou a palavra encontrada por gente que tem o mau hábito de se colocar em posição de quatro patas, para branquear criminosos encartados, como o vice-presidente do chalado e analfabeto do Bush, os terroristas, Dick Chiney e o seu chefe militar, Rumsfeld, o amigo, que antes de sair, condecorou o “nosso” Portas. Estas personagens têm uma máxima cruel, mas acertiva: - do caos, nascem novas oportunidades. Como no Iraque, no Afeganistão e agora, porque a natureza se deu ao curso natural, no Haiti, com quem ninguém se preocupou em tempos idos e, muito menos, tão ilustres personalidades.
A estarmos perante um axioma, fica claro que aqueles portugueses que encheram o estádio da luz, se colocaram no papel de pombas, porque não me engano, se disser que o produto sincero dessa noite de bondade, vai cair na caixa desta gente muito pouco recomendável.
Está em curso um colossal branqueamento, porque não se contam as verdades, as histórias e factos e por isso, solicitado a contribuir, respondi que de parvo tenho pouco e que a idade já não me deixa espaço para o engano. E sabem porquê? Porque há muitos anos que ando avisado.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A democracia encrespada


cartoon de Fernando campos

Este caso de Mário Crespo é um de muitos que se vão sucedendo. Como, por exemplo, o Jornal Nacional da TVI. Traduzem a falta de democracia, a arrogância e o autoritarismo do “ps”. Não há jornalista ou jornal que, desde que não se ponha de cócoras, não seja “eliminado”.
A nota da direcção do JN é bem explícita. A desculpa com factos no artigo do jornalista que necessitam de confirmação, o direito ao contraditório, são um sintoma de alinhamento na patranha com o objectivo de neutralizar Mário Crespo.
Porque, penso, tratava-se de um artigo de opinião. Sendo assim, quem o assina é o responsável. Estando lá alguma mentira, algum insulto a alguém, há sempre a hipótese de recorrer aos tribunais. De outra maneira para se concebe a existência dos ditos?
Como diz Samuel, Mário Crespo também não é dos meus. Mas que a liberdade de expressão está em perigo, não parece haver a menor das dúvidas. E o que faz falta é mesmo avisar a malta, como alertou alguém.
Aqui podem ler o artigo em questão que ditou o afastamento do jornalista.