domingo, 28 de fevereiro de 2010
Lula em Cuba
Em recente visita a Cuba, onde assinou alguns acordos comerciais e afirmou que o país do Caribe pode sempre contar com a solidariedade do Brasil, o presidente Lula da Silva desafiou o presidente norte-americano Barack Obama a levantar o bloqueio contra Cuba.
Foi ao despedir-se de Raúl Castro, no aeroporto José Martí, que Lula afirmou que Obama deve ter a mesma coragem demonstrada pelo povo americano ao elegê-lo e levantar o bloqueio económico, comercial e financeiro contra Cuba, que se mantém sem que algo o justifique.
HDFF vai perdendo valências
E que poderá querer dizer (a menos que seja só estratégia o sentido de voto dos socialistas, o que, de resto, não seria novidade) que a política actual deste governo PS tem os dias contados e que no próprio “ps” José Sócrates já não terá muita credibilidade. Quando do encerramento da maternidade não houve, pelo menos não me recordo, qualquer pronunciamento por parte dos “socialistas” figueirenses. Agora o que se passa traduz-se por uma reprovação inequívoca da política do governamental.
Diga-se também, em abono da verdade, que os ataques e a política de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde já passam das marcas.
Diga-se também que será sempre precisa atenção, muita atenção, porque nunca se sabe se o governo conseguirá mesmo assim encerrar os referidos serviços.
Da boa vontade, da competência, dos objectivos políticos dos socialistas penso já estarmos bem conversados. A situação actual do país fala por si.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Savimbi, o traído
Temo que seja difícil. Pela personalidade do próprio. Traidor por vocação, e muito posivelmente por convicção, Savimbi morreu como viveu. Viveu a trair e morreu traído. Nunca teve uma ideia sobre a independência de Angola, nem por ela lutou, serviu o colonialismo, o apartheid, e tranformou-se no homem de mão do imperialismo americano até que este o eliminou quando já dele não necessitava, como fez, aliás, com Saddam e outros, e que já é um comportamento normal.
Além de ter lutado ao lado das forças colonialistas, o que fez à Zambia é um verdadeiro manual de instruções da traição. A Zâmbia, país interior, necessitava do Caminho de Ferro de Benguela. Savimbi logo após se ter comprometido com Kaunda a deixá-lo intacto, dinamitava-o. Aconteceu várias vezes.
Apoiou-se no mais numeroso grupo étnico angolano, os Ovimbundus, refugiando-se no tribalismo quando Angola caminhava para um nacionalismo à dimensão do seu povo e território. Teve sempre muitos bons amigos mas ficará para sempre um incógnita: quem fundou a Unita? O general Costa Gomes? A própria PIDE?
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
FLASHS
com olho de lua
Como se limpam siameses
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Quem me dera ser
Ah quem me dera ser o mar
Onde o teu olhar está navegando
Dobrava o meu ondular
para o teu sonho embalar
e o teu corpo ir conquistando
II
Ah quem me dera ser o mar
Onde mergulhas tua esperança
Fazia teu corpo flutuar
E tudo para te agradar
Merecer a tua confiança
III
Ah quem me dera ser o mar
Onde navegam teus desejos
Sentir o teu coração pulsar
Teu corpo poder acariciar
Inundar-te com meus beijos
IV
Ah quem me dera ser o mar
Onde guardas teus pensamentos
Para teus segredos partilhar
Ao teu ouvido murmurar
A verdade dos meus sentimentos
V
Ah quem me dera ser o mar
Que por ti... é tão admirado
Ter a arte de deslumbrar
Ser eterno para te amar
E ser eternamente amado
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Planos inclinados há muitos
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Choveu na Madeira
Vejamos os lucros fabulosíssimos das grandes empresas. Não há crise que os abale. Dá para perguntar para onde vai o dinheiro dos nossos impostos uma vez que se notou que na Madeira, um paraíso fiscal, não há um radar meteorológico que teria permitido avaliar a dimensão do acontecido e assim, contribuído para minorar as consequências.
Segundo o jornal o Público, o climatologista da Universidade de Lisboa Ricardo Trigo, diz que seria importante haver um na Madeira, uma vez que só há dois no país.
Talvez se pense nisso agora. Depois de casa roubada...
De chuteiras na mão
É meu costume passar com regularidade pelo Marcha do Vapor, do meu amigo Rogério Neves, que aproveito para cumprimentar. Fiquei a saber de um seu lamento, após a sua visita a Arazede ao campo do Faíscas, para realizar uma reportagem sobre o jogo de futebol para o campeonato Nacional de Juniores entre a Naval º de Maio e o Atlético Clube de Portugal. Diz o seguinte: - entrei e fiquei de boca aberta pelo que pude apreciar…um excelente sintético com 100x64 com sistema de rega próprio de canhões… A obra custou 400 mil euros, 80 mil contos em moeda antiga". E eu também fico mais ou menos espantado. Primeiro porque Arazede é terra do Concelho de Cantanhede, lugar onde em 1975, em dia de feira, passei maus bocados. E porque também se dizia ser terra conservadora e de origem de muitos pides. Não sei. Conheci alguns, mas nenhum de lá. Mas a grande questão é a da constatação de que Arazede, terra rural, tem o seu belo parque desportivo e a Praia da Claridade, também o tem, mas inqualificável. Por fim, o Rogério gostaria de saber de quem é a culpa. No fim lhe direi.
É sabido que um belo parque desportivo pode ser um belo cartão de visita para uma terra. Sendo assim, aproveito para lembrar aqui um texto que escrevi no ido semanário Linha do Oeste, publicação nº 88, de 30/11/98, com o titulo, “desta vez sai um convite”, exactamente a propósito da relevância de um belo parque lúdico, depois de uma viagem a Bordéus. Convidei nesse texto os responsáveis desta praia a uma visita a Bordéus Le Lac, para aprenderem como se faz e de como aquela cidade só se pode sentir bem, por ter aquele notável espaço.
Quer isto dizer que sendo eu um tipo dos barcos, contudo, aflige-me o estado em que se encontra aquele espaço, que aparenta não ter solução. E se alguém o conhece bem, sou exactamente eu, porque por ali, em condições miseráveis, palmilhei muitas séries de 400 e 1.000 metros. Acredito que os interesses à volta dos terrenos, seja um obstáculo à solução. Mas quem visita esta Praia da Claridade, só poderá exclamar, que na bela praia habitam uns tipos irrelevantes e por isso só podem ser franciscanos.
Mas entretanto também registei bem a entrevista à TV., do nosso novo Presidente, em directo, por alturas da transmissão do Carnaval. À pergunta, como vai a Figueira, responde lesto: - vai muito bem. Vamos iniciar a construção de um golfe e continuou.
Ora cá está. Dir-me-ão que o turismo exige um golfe. Não me lixem. E os que cá estão, tem direito a quê? A questão caros amigos, e agora cá está a resposta ao meu amigo Rogério, que me desculpe. Aquilo que se tem feito nesta cidade, desde há muitos anos, são dois modos de fazer politica. Uma populista e outra tão reles como anterior, de classe. Eu bem sei que vai haver gente que rirá. Mas se acham que não, resolvam então o que há muitos anos parece não ter solução e que tem a ver com as necessidades das pessoas, porque em boa verdade, os dirigentes desta formosa Praia da Claridade deveriam ter vergonha de os seus filhos serem abrigados andar com as chuteiras na mão à procura de um sitio para fazerem em segurança aquilo que mais gostam. Dar uns chutos na bola.
Mas isto tem responsáveis Rogério. Pois tem. Tem sido todos os figueirinhas que com as suas artes têm permitido que esta gente continue a decidir, incluindo muitos paizinhos destas belas crianças. Pois é!
Com um abraço, Rogério, e grato pelo teu texto. Não há que desistir.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
A cidade e as vilas (ainda)
Para criminosos é quanto basta
E agora chega-nos a notícia de como umas centenas de militares, muitos deles sem noção, foram expostos a radiações nucleares, no Saara argelino, no sentido de serem as cobaias do plano nuclear francês. Esta não é matéria nova. Também os americanos nos idos anos 50, usaram os seus desertos para semelhantes processos. Aliás, as práticas de abusos, ainda agora, nesta matéria, são conhecidas. Refiro aqui o modo como os americanos tratam as coisas na pequena ilha de Viesques a sudoeste de Porto Rico, local de todo o tipo de experiências com o mais variado tipo de bombas, incluindo nucleares. Evidentemente que a população, por muitas e diversas vezes pediu o fim da saga, e que os americanos os deixem em paz, mas os seus desejos não chegam para derrubar os interesses do império, como é bom de ver. E quanto aos franceses, é conhecida a resistência de movimentos pacifistas e ecologistas às suasexperiências nucleares no Atole de Mororoa, no departamento (ultramarino) da Guiana, com enormes custos na biodiversidade e na qualidade de vida dos nativos.
Aqui chegados poderemos concluir que estas experiências dirão respeito sobretudo ao estado francês e ao seu povo e inclusive, admitir que os próprios franceses as acharam e acharão por bem, porque contribuiram para a sua própria segurança e da democracia em que vivem. Sem dúvida! Mas a questão, vistas as coisas por outro prisma, não será essa. O importante é saber que moral tem esta gente para exigir aos outros, aos do eixo do mal, a moral que eles próprios não tem.
Em boa verdade, o mundo há muito que está a ser dirigido por fascínoras que usam a mentira e a desinformação para conseguir levar a água ao seu moinho. Por isso, esta coisa vai acabar, como sempre, com um pedido de desculpas. Porque, para criminosos, é quanto basta.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Distracções
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
O negócio do carimbo
No estado em que isto está era suposto pensar-se que batemos no fundo. Em 2009 a banca lucrou 4 milhões por dia, mais de 37 mil empresas encerraram, o desemprego além de assutador começa também a ser descontrolado, os casos de corrupção começam a vir ao de cima a uma velocidade estonteante. Não faço ideia onde estará a crise senão estiver na falta de vergonha, de honestidade, de dignidade dos governantes que temos tido.
Pior, seria impossível. Seria, mas, imagine-se, não é. Eis senão quando aparece um carimbo, tal qual a cereja no topo do bolo, a demonstrar que a desvergonha, a insolência, a indignidade não têm limites. E pior, pior, é que jogam com uma tremenda falta de capacidade de indignação de uma grande maioria. E é esse o perigo.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
2.5 Milhões de deserdados, verdadeiros espinhos do socialismo de rosto humano
Há muitos anos que se sabe que o Partido Socialista mandou o socialismo dar uma volta. E também já se sabia que o Partido Socialista de cada vez que tem o poder, se coloca ao arrepio da História, ainda por cima com maioria absoluta, e por isso, acaba de rastos, com muitos dos seus rapazes a fugir de modo recatado e ágil, na procura de novo barco, como se tratassem de ratos a saltar, na eminência do afundamento do glamoroso transatlântico.
Contudo, a história das velhacarias socialistas, vêm de muito longe. Cito aqui uma amorosa informação, feita na primeira pessoa, por um cidadão muito conhecedor do P.S. e hoje dado ao mais cruel esquecimento, porque se por cá se fazem, por cá se pagam. Diz a descrição que, após o Partido Socialista ter contribuído para a implementação de um regime democrático em Portugal, vulgo à época socialismo em liberdade ou socialismo de rosto humano, foi toda a Internacional Socialista, em alegre festança politica para o México, como descreve o socialista caído em desgraça, para entronizar Mário Soares. O socialista…
Obviamente, o caminho socialista e da Pátria tem andado em paralelo, com breves interregnos, em que o ppd/psd e cds, também se cruzam, sem escolhos de maior. Manda a verdade dizer, que não é de negligenciar o sério e activo contributo do povo, que com o seu voto, tem caucionado esta jornada, que o está a levar à exaustão, sem aparente preocupação. Por isso, hoje o país, após a longa jornada que começou com o tal socialismo em liberdade ou socialismo de rosto humano, parece trôpego e sem tino. De momento anda a pátria presa das rábulas do nosso Primeiro – Ministro. Esta de querer o controle da informação, é só mais uma entre tantas. Mas convem dizer que o controle da imprensa não é coisa nova, porque o principal da questão, é saber como se mantêm e entretêm a populaça, com boçais novelas, concursos e missas, em conformidade ideológica, necessária à manutenção do regime. Não nos esquecemos que nesta necessidade do controle dos meios que moldam os espíritos, vulgo comunicação social, até a igreja teve o seu quinhão, quando conseguiu um canal de TV. e influenciou decisivamente alguma imprensa escrita.
Nesta rábula nada de novo. O que deveremos perguntar é para que quis o Partido Socialista o poder, com o seu socialismo de rosto humano ou socialismo em liberdade? Essa é a questão central, pelo que, de momento, as rábulas à volta do controle da informação, só servem para desviar atenções das questões centrais, que são as da qualidade de vida de pelo menos 2.5 milhões de deserdados, verdadeiros espinhos do socialismo de rosto humano.
Evidentemente que por este andar, o Partido Socialista vai repetir, mais uma vez, aquilo que já fez no passado, por deméritos próprios. Entregar o poder à direita. Mas em boa verdade, andando o poder, entre o partido socialista, o ppd/psd e o cds, ele anda sempre pela direita. E pequenos lampejos sociais, são o modo muito bondoso, de fazer caridadezinha, como muita da nossa elite da caca gosta.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A IVD
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Sismo em Cuba
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Taça de Portugal
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Cultura aumenta na Figueira (II)
Enfim!!!
Que azougaria para aqui vai.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Cultura aumenta na Figueira
Pode ser vista como uma medida contra a discriminação. Já se sabe que a saúde, a educação, a alimentação, a água, uma das mais caras do país, se pagam muito caro. Agora, também na Figueira da Foz, a cultura vai sofrer um aumento considerável. Portanto, a primeira leitura que nos oferece fazer é que há um esforço do”ps” para harmonizar a coisa.
Falamos dos aumentos do custo das entradas no Museu Municipal Dr. Santos Rocha. Vão subir de 1.30 para 5 euros, sensivelmente o dobro do que é praticado noutros museus.
Está bem que o “socialismo moderno” tem as suas singularidades, mas esta ultrapassa a imaginação.
Significa, sobretudo, que estes tipos não estão lá para servirem as populações. Já visitei a Fundação Gulbenkian, privado e que não se compara como é óbvio, pagando muito menos de metade no conjunto dos dois museus, o de Arte Antiga e de Arte Moderna. Com o pormenor de a visita ter ocorrido no Verão.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
David Kelly, lembram-se?
domingo, 7 de fevereiro de 2010
A obscenidade
É nesta relação fétida de opulência e miséria que o grande capital vem fazendo a sua escola e a sua história, ao arrepio das necessidades dos povos. A isto, uns fulanos medrosos, vão chamando democracia.
Mas é evidente que o mundo está muito para lá daquilo que nos parece e tem factos que nem sequer imaginamos. Por isso, não se julgue que estas imagens destrutivas e desconstrutivas do Haiti não têm paralelo. Desenganem-se. Chegará o dia em que imagens nos dirão,como famílias completas americanas assentaram em parques e jardins, com tenda, porque o mundo que os moldou, os atirou para as fímbrias e lá se foi o sonho e a grandeza da família americana. Assim como notícias que nos vão chegando, das centenas de mendigos, expostos à inclemência do frio pela Europa central, que morreram álgidos, sem agasalho e sem beira nem eira. Estas serão sempre notícias e imagens desapiedadas, por factos tão semelhantes, que caracteriza o grande capital. Porque trata as coisas do mesmo modo, quer seja no Haiti, em Nova Orleães, na Alemanha, na França ou Polónia. Não sei se será por causa destes factos indestrutíveis, mas já há muito notei que os defensores desta sacra sociedade estão, parece-me, em fase de hibernação. Eu sei que é difícil tratar por bem estas coisas e que o seu branqueamento não é fácil, porque não há como derrubar os factos.
Tenho ainda bem a noção de que é difícil tomar partido sobre as coisas e os factos, às vezes até é perigoso, mas mais vale a pena correr os riscos inerentes à verdade, do que ser um sacana mole. Por isso, no conforto das imagens que me foram enviadas, e que vos deixo, é agora o momento de os anónimos defensores desta coisa fétida, que tratam por democracia, terem a bondade de nos dizerem,que lhes chegam as migalhas.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
“A língua portuguesa é o nosso espólio de guerra”
Não me recordo a quem pertence a declaração em título, se a Pepetela se a Luandino Vieira. Foi proferida após a independência e, passe o humor e ironia nela contidas, traduz a certeza de que os angolanos, apesar de tudo, herdaram um tesouro, enriquecido com o facto de ser ela, a língua portuguesa, um promotor de unidade nacional.
Os portugueses em África atribuíam nomes de figuras suas a localidades, mas também nomes de povos e de sub-grupos desses povos.
Alguns exemplos: no norte Maquela do Zombo ou Sanza Pombo, sendo que os zombos e os pombos são um sub-grupo dos Bakongo. Ou Andulo, Bailundo, Huambo, estes no centro-sul, sub-grupos ovimbundos.
Claro que as palavras estão adaptadas à língua portuguesa. Porto Amboím vem dos amboíns, ou Va-Mbui.
Mas isto é do conhecimento geral. O que eu não sabia, e certamente os leitores, é que a província do Bié foi buscar o nome ao sub-grupo Vhié. E porquê a troca do “ v” pelo “b”?
O poeta angolano Namibiano Ferreira explica-nos, no seu blogue, que os primeiros colonos portugueses eram oriundos do norte do país, onde a letra v vale por b. Depois da independência ter-se-á tentado restaurar o nome da província mas já não foi possível.
De qualquer maneira um bom “bife com um obo a cabalo”, regado com um bom “Ebel” do Douro, tanto sabe bem no Vhié como em Bila Real. Ou em Balongo.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Taça de Portugal
E uma final Desportivo de Chaves-Naval 1º de Maio?
Até tinha a sua piada. Sobretudo por ser disputada por dois emblemas considerados pequenos. O futebol é fértil nestas situações. Lembra-nos as finais Beira-Mar-Camomaiorense ou Estrela-Farense.
E transporta-me, pelo paralelismo, para uma situação que no Mundial já é frequente, e incómoda. Um Brasil-França. Isto porque não consigo “torcer” por nenhum deles e no fim festejo. Só que na competição máxima os gauleses têm abusado da minha condição francófila e não têm dado hipóteses ao “meu” Brasil. Foi em 86, em 98 e 2006. Já é demais.
No caso presente acho que se Desportivo e Naval forem os finalistas eu festejo antecipadamente.
Tudo porque são as duas cidades portuguesas a que eu estou sentimentalmente ligado. Vivi numa e vivo noutra. São minhas.
E a cereja no topo do bolo: uma joga à Sporting e outra à FC Barcelona, os melhores clubes do mundo e arredores.
Seria uma festa. A grande festa do futebol.
Viva o Desportivo.
Viva a Naval.
Aos falaciosos há que caçá-los
O anterior responsável pela bancada parlamentar do Partido Comunista Português, Octávio Teixeira, começou e bem por colocar alguma ordem e clarividência em assuntos que dizem respeito à próxima batalha eleitoral para a Presidência da República, que correrá para o próximo ano, quando afirmou que Manuel Alegre não alcança o consenso de toda a esquerda. Cá está uma preciosa observação, porque nesta matéria, há gente, o próprio Manuel Alegre e os seus actuais amigos, que trabalham para que a memória se apague. Há hoje uma tentativa de branqueamento e sobretudo, do apagamento da história e dos factos. Porque nos querem fazer querer que as misérias que têm caído sobre a pátria nestes longos 36 anos, têm origem num espírito invisível e mau, que pairou sobre o povo e o emprenhou, sem cópula, de todo o tipo de malfeitorias. Assim como uma espécie de fenómeno, que se coloca para lá da mão e da vontade do homem, como foi o caso da imaculada Maria. Mas não é assim, porque Manuel Alegre e os seus anteriores amigos, copularam virulenta e manhosamente sobre o povo e de momento não podem fazer crer, juntamente com os seus actuais amigos, que nada se passou. Passou com certeza.
Lembro que Alegre com os seus anteriores companheiros flanquearam o país, de norte a sul, na companhia de gente do pior do reviralho. Alguma dela, para nossa infelicidade, continua por ai na tomada de decisões e por isso, no contínuo das malfeitorias, é bom não esquecer. Também, nas suas próprias decisões como deputado, sempre foi um carreirista e um “yes boy”, daqueles que a única coisa que fizeram foi sublinhar e apaparicar as politicas que nos tem custado o sono e a paz. Na tomada de decisões dentro do seu próprio partido, sempre acompanhou os que colocaram este país no pântano, para usar uma expressão tão cara a um seu amigo, que vendo as coisas tão ruins, acabou por fugir, com gosto e respectivo proveito. E inclusive, do ponto de vista do carácter, coisa que tenta sublinhar, como lhe sendo cara, lembro que para não ter que dizer não à co – incineração na cimenteira de Souselas fugiu de ser eleito deputado pelo círculo de Coimbra, como era habitual, para ser eleito deputado por Lisboa.
Não há então que enganar. Por mim poderá estar descansado. Dar-lhe-ei a caça possível e por isso, em minha consciência, com o meu voto, não cortará orelha e rabo, nem andará em ombros à volta da praça.
Este Manuel Alegre é, como muitos dos seus antigos e actuais amigos, um falacioso. Mas infelizmente, há ainda quem goste de ir ao engano.
Lá vamos, cantando e rindo, num carrinho cor de rosa
São dados que, segundo a CGTP-IN, colocam dúvidas quanto à eficácia das medidas implementadas no último ano para o combate ao desemprego.
Segundo um documento da central sindical “é preciso uma mudança de política que assuma a componente social como prioritária, assente na alteração da matriz de crescimento, na promoção de mais e melhor emprego e no firme combate à precariedade e desemprego, bem como na melhoria dos salários e das pensões enquanto elementos indispensáveis para aumentar o poder de compra das famílias e, simultaneamente, dinamizar a economia”.
Mas o governo está ao serviço de interesses particulares, e não terá nem grande interesse nem tempo para pensar no estado do país.
O que se passa com a saúde é paradigmático. Segundo noticias vindas a público esta semana, a medicina privada teve um lucro de 700 milhões. Tem, então, dado frutos a destruição do Serviço Nacional de Saúde, que pelo alerta do sindicato dos Médicos continua. Com a penalização das reformas, as quotas na carreira, o modelo de avaliação os médicos sentem-se prejudicados e, ou pedem a reforma ou fogem para o sector privado que paga melhor. A par disto vão fechando valências em hospitais com aquela mentalidade de que a saúde é um negócio e se não se fizer “x” consultas, ou “x” partos a unidade fecha.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
A nova ordem mundial
Este orçamento é superior a todas as despesas militares de todos os outros países juntos, incluindo a China.
De resto a guerra é o investimento principal do imperialismo americano, contando com 800 bases em 60 países.
Lentamente uma nova ordem mundial se vai impondo, e, como se pode ver, de cariz fascizante. Recorde-se que, caricato, os EUA são liderados pelo Prémio Nobel da Paz. Quer dizer, a nova ordem mundial é a mesma, está é a sofrer um incrementozinho, ou seja, uma nova estratégia.
Mais informação aqui.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Como as pombas são comidas por falcões
A estarmos perante um axioma, fica claro que aqueles portugueses que encheram o estádio da luz, se colocaram no papel de pombas, porque não me engano, se disser que o produto sincero dessa noite de bondade, vai cair na caixa desta gente muito pouco recomendável.
Está em curso um colossal branqueamento, porque não se contam as verdades, as histórias e factos e por isso, solicitado a contribuir, respondi que de parvo tenho pouco e que a idade já não me deixa espaço para o engano. E sabem porquê? Porque há muitos anos que ando avisado.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
A democracia encrespada
cartoon de Fernando campos
A nota da direcção do JN é bem explícita. A desculpa com factos no artigo do jornalista que necessitam de confirmação, o direito ao contraditório, são um sintoma de alinhamento na patranha com o objectivo de neutralizar Mário Crespo.
Porque, penso, tratava-se de um artigo de opinião. Sendo assim, quem o assina é o responsável. Estando lá alguma mentira, algum insulto a alguém, há sempre a hipótese de recorrer aos tribunais. De outra maneira para se concebe a existência dos ditos?
Como diz Samuel, Mário Crespo também não é dos meus. Mas que a liberdade de expressão está em perigo, não parece haver a menor das dúvidas. E o que faz falta é mesmo avisar a malta, como alertou alguém.
Aqui podem ler o artigo em questão que ditou o afastamento do jornalista.