segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
As burkas
Hamid Karzai, o tal rapaz, sempre bem parecido, que parece ser o homem de mão dos americanos no Afeganistão, mais uma vez em nova batalha, que caminha pelos vistos, para nova derrota, a somar a muitas outras. É bom que se diga, que ultimamente os americanos começaram a utilizar a táctica de sair como os gatos, com pezinho ligeiro e silenciosos tanto quanto possível, como está a ser o caso do Iraque, deixando, repetidamente, povos entregues ao seu desgraçado destino. Mas regressando à questão, esse rapaz conseguiu deixar as mulheres afegãs ainda em pior estado, na procura de uma estratégia de oportuna cedência aos talibãs, esses rapazes barbudos, da teologia e da bazuca. Ficamos a saber que mulher que não contente bem o marido, como por exemplo, se recuse a abrir bem as pernas, pode ficar sem sopas e ainda ser submetida a umas sóbrias latadas. Esta coisa dos votos à moda ocidental, em terra obscura, de relações brutais e de gente boçal, que obriga a mulher à desgraça da burka, pelos vistos, só lhe pode trazer mais sofrimento. Uma lástima!
Houve uma altura na história da humanidade, que defender o movimento da terra à volta de si própria e à volta do sol, era coisa para ir para o tronco e a fogueira. Estamos assim, a modos como no catolicismo, com um atraso de 300 anos. Com a bênção dos amigos ocidentais, que de um modo geral, se estão cagando para os direitos humanos, a não ser o que tem a haver com os seus próprios direitos, o mundo tem lugares impróprios para a vida.
Dir-se-á que estas coisas só ocorrem em lugares que nos estão distantes e como tal, de tão longe, é deixá-los. Mas não é verdade. Há outros mundos, que nos estão mais próximos e de tão próximos se calhar nem reparamos, que ali ao lado, outras burkas são cerzidas. Voltemos à tal Megan Comfort, da Ong, Centerforc, a propósito da realidade social e das prisões Americanas.
“Algumas mulheres que vivem em bairros muito, muitos perigosos e que tem direito a passar a noite de vez em quando, com os maridos na cadeia dizem: Dormi bem, é pacífico e calmo. É esse tipo de sentimento. Que a prisão é mais estável menos assustadora do que o exterior. Temos de prender menos pessoas e de elevar o nível da qualidade de vida dos pobres que estão lá fora para eles preferirem ficar em casa. Têm a ver com a criminalização da pobreza” .
Outra pérola, que vem provar, que há democracias com burkas de vários tipos e mulheres tapadas de outros e variados modos, havendo-as de todos os tamanhos, formas, feitios e cores. E também há muitos tolos que mesmo vendo, não percebem que mais cego é aquele que não quer ver.
Mas o oportunismo paga-se na primeira curva, seja em que circunstância for.
sábado, 29 de agosto de 2009
A Festa
É já no próximo fim de semana a Festa das festas.
Os “Gazua” vão actuar no Palco 25 de Abril. Este grupo actuou recentemente na Figueira da Foz, no "Niktos Rock Bar”. Foi em Junho, num concerto em que também actuaram as bandas figueirenses “Under Dogs”, de Quiaios e os já nossos conhecidos “Cães Danados”. Que canzoada, dirão vocês.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Força Catarina
A atleta vai sem o seu habitual treinador, o professor Fonseca Antunes e sem a presença dos seus familiares, como se pode ler numa reportagem, oportuna e interessante, do semanário “A Voz da Figueira”, na edição da última quarta-feira. Tudo porque os apoios são escassos.
Catarina vai competir em 3000 obstáculos. e nos 5000 metros, mas de acordo com as condições de treino que os atletas têm na Figueira, como aliás já fizemos referência neste blogue, (aqui, aqui e aqui) não é de exigir muito, mas ainda segundo a referida reportagem, os objectivos passam por um lugar nos 10 primeiros.
A atleta é mais uma das omoletas que o aturado, persistente e competente trabalho do professor Fonseca Antunes tem feito sem frigideira (leia-se pista de atletismo), pois mediante as condições de treino é importante saber-se que a atleta só em Taiwan terá treino de aperfeiçoamento técnico. Conhecendo o trabalho daquele antigo lançador do Benfica sabe-se que muitos valores tem dado ao atletismo. Actualmente a Sociedade União Operária possui outros 3 atletas com marcas nacionais, que já aqui estão na “aldeia” o que é relevante uma vez que as condições de treino são positivamente nulas.
E sem elas, é um trabalho que poderá correr riscos de se perder. Recomendando a leitura da reportagem deixamos ao professor e à atleta os parabéns com votos de uns bons Jogos.
Catarina Marques ou de como se treina obstáculos na Figueira da Foz (clique na imagem para acompanhar melhor o salto)
Prof. Fonseca Antunes
Um mimo!
Por uma razão, que pouco faltou para ser trágica, há uns dias atrás, tive de me servir, mais uma vez, do centro de saúde de Vila Nova de Foz Côa, situado num edifício muito antigo e apalaçado. Deste centro de saúde, sempre que o utilizo, fica-me o sublime empenho e simpatia de todos os profissionais, porque quanto aos meios, tudo como desde há muitos anos: confrangedor. Contudo, a cidade vai ter um belíssimo museu de arte rupestre, construído num miradouro notável, com vistas soberbas para os rios Côa e Douro e respectiva confluência. Aconselho vivamente a visita, porque o lugar é de perdição. Quer isto dizer, que assim a frio, na cidade, a cultura parece aparentemente estar bem, mas não tomemos esta questão em particular, pelo todo, mas quanto aos cuidados básicos de saúde, uma angústia. É comum, quando a coisa é para o grave, o doente ou o acidentado ser enviado para a cidade da Guarda, por estrada muito tortuosa na sua maior parte, e nunca menos de 1 hora, mais outra hora para a volta.
Não estamos pois num deserto fisicamente considerado, mas a desconsideração pela população, é um dado adquirido.
Poderemos ser levados a considerar que coisa assim está muito perto de qualquer país das bananas e que no mundo civilizado pior é difícil. Aparentemente...só aparentemente.
“Nos Estados Unidos as prisões são sítios terríveis. Não têm um ambiente saudável, sanitário, produtivo. Mas os pobres têm tão poucos serviços que há quem ache que estar na prisão é mais tolerável do que estar lá fora. Isto nota-se, de forma particular, nos cuidados de saúde. Os presos, pela constituição, não podem ser sujeitos a um castigo cruel. Isso significa que têm direito à saúde. Ora esse direito não se aplica a quem não está preso. Não há um serviço público de saúde. Há um sistema muito caro. Há um problema enorme. Quem tem um grave problema da saúde pode ter vantagens em estar preso. O sistema de saúde na prisão é terrível, mas é melhor do que nada.”
Este é um pequeno texto, que não é meu, retirado de um trabalho de Megan Comfort, realizado no contexto de uma Ong, a centerforce.
Ora aqui está como é preferível percorrer 200 km, mesmo em estrada tortuosa, para ter médico e assistência, mesmo em situação delicada, do que em país tecnologicamente avançado, mas em que de um momento para o outro, se pode acabar numa valeta ou debaixo da ponte, ou então, o melhor é dar uns tiros, nem que seja para o ar, acabar na prisão, porque tem a vantagem de ter um serviço de saúde mínimo. Um paradoxo! Para além deste relato ser um mimo, ainda direi que com papas e bolos se têm enganado os tolos, porque ainda há muita gente a julgar que se pode cruzar democracia com uma vida privada de bens públicos.
A propósito desta matéria, sempre quero aqui relembrar as dezenas de doentes com problemas de visão que foram até Cuba e de lá vieram tratados. E por fim, nesta pátria onde algumas valências entraram quase em falência, lá se foi também à ilha buscar umas dezenas de especialistas em saúde pública, para suprir esta valência. E mais virão, se for preciso. Quem diria! Mas também já se sabia, porque quando foi do desastre de Orleans, já Fidel tinha oferecido aos Estados Unidos, apoio médico.
Só me resta desejar que Cuba possa continuar, desse modo, a tratar do seu Povo, e de quando em vez, dar uma mão, mesmo a democracias consolidadas e economicamente como se diz, mais ricas…, e continue a resistir às quantidades de parvos que por ai andam.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
A Festa e a festa
Coube-me a mim, por uma questão meramente alfabética, a redacção do primeiro post.
É um espaço onde são focados assuntos da actualidade ou temas culturais. É um espaço já afirmado da esquerda consequente na blogosfera.
Este ano é o primeiro aniversário. Vai haver festa na Festa.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Como levar a água ao moinho da direita
O Código de Trabalho é um exemplo claro: o “ps”, uma vez chegado ao governo, não fez mais que o agravar. O PSD não ousou ir tão longe.
Com os ataques aos direitos dos trabalhadores, o aumento do trabalho precário, o aumento do desemprego para níveis que o PSD nunca houvera ousado, o aumento dos lucros da banca, da EDP, Galp e outras empresas, para as quais não há crise que os apoquente, o grande capital sabe que está muito bem protegido.
Portanto votar “ps” é votar nos interesses dos grandes capitalistas, é votar nesta política do “ps”, como será lógico deduzir não tem outra, e na degradação do nível de vida dos portugueses. Votar PCP será votar numa tentativa de fazer retroceder esta política. E é possível.
Há agora um dado novo. O voto na tradicional “extrema-esquerda” tinha o papel histórico de impedir um possível crescimento do PCP. Em termos eleitorais lembro-me, aqui há um bom par de anos, no distrito de Castelo Branco, onde o PCP nunca elegeu deputados, que numas eleições por cento e poucos votos não conseguiu eleger um. O MRPP, então o grande representante dessa área esquerdista obteve perto de 500. As coisas alteraram-se. Agora temos o Bloco de Esquerda, mas que não consegue tirar votos ao PCP. Ironicamente vai crescendo à custa do”ps”. Foi um tiro que saiu pela culatra. Viu-se nas “europeias”: o “ps” e o Bloco tinham, em conjunto, 13 deputados (12+1). Ficaram com 10 (7+3). A CDU tinha 2 em 24, manteve os mesmos 2 em 22 eleitos, tendo subido mais de 70.000 votos.
Está visto, então, que para “levar a água ao moinho da direita”, parafraseando o oráculo de José Sócrates, o caminho mais curto é votar no “ps”.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Outro golpe, eleiçoeiro, já se vê
Já se vê que não passa de uma medida eleiçoeira uma vez que não acredito que os “socialistas”, em caso de vitória, abram o serviço de bloco de partos e as urgências de obstetrícia que fecharam, contra tudo e contra todos, em 2006. Fecharam-no como medida altamente ponderada, cirúrgica, não tendo em conta os interesses das populações, mas sim de uma minoria, muito específica, medida essa que vai ao encontro da sua própria política.
Diz a noticia que uma médica, que pediu o anonimato, afirma que “está tudo bem encaminhado” para que a maternidade ainda este ano volte a funcionar.
Diz o meu amigo Agostinho, aqui, que um comunicado da administração do HDFF desmente a notícia do referido jornal.
Não gosto, como é público e notório, dos “xuxas”. Nunca os tive por pessoas de bem. Agora, tomá-los por estúpidos é risco que não corro. Logo, nunca acreditei que os famigerados serviços fossem reabrir. Seria um auto-reconhecimento de incompetência, e de má fé, pois, recorde-se, antes de fecharem aqueles serviços, deram-se ao luxo de os premiar. Então se eles eram bons, competentes, por que carga d'água foram fechados?
E porque razão haveriam de ser abertos logo em vésperas de eleições?
A referida médica solicitou o anonimato. Porque será?
O jornalista em questão não foi enganado, ou se o foi, foi q.b.. Alguém fez circular a notícia. Porque convém. Mas só acredita quem quer. Quanto ao jornalista, só posso dizer que cumpriu o seu dever.
Os que lutam
Há aqueles que lutam muitos dias, e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos, e são melhores ainda:
Porém há aqueles quer lutam toda a vida: esses são os imprescindíveis
Bertolt Brecht
Adeus camarada.
A notificação das candidaturas
Transcrevemos a reclamação:
Exmo. Senhor
Juiz do 3º Juízo
Tribunal Judicial da Figueira da Foz
Ref. 2916156
Processo: 1984/09.9 TBFIG
(relativo ao processo eleitoral para a Câmara Municipal da Figueira da Foz)
Notificado pelo despacho e no processo à margem identificados, no sentido de proceder à junção das fotocópias dos bilhetes de identidade dos candidatos apresentados pela CDU-Coligação Democrática Unitária aos órgãos municipais e freguesias do concelho da Figueira da Foz, às eleições autárquicas de 11 de Outubro vem Francisco Manuel Mateus Guerreiro, na qualidade de mandatário concelhio da CDU, nos termos e para os efeitos do nº2 do art. 26º da Lei Orgânica 1/2001, expor o seguinte:
1. A Lei Orgânica 1/2001 de 14 de Agosto, no seu artigo 23º (Requisitos gerais da apresentação) é clara ao mencionar o conjunto de elementos necessários à identificação e apresentação das candidaturas, não mencionando em nenhum momento a junção das cópias de documento de identificação de cada um dos candidatos como condição ou requisito de apresentação.
2. O elenco dos elementos de identificação exigidos é apenas o contido no nº 2 do art. 23º, explicitamente dispensado que está no nº 10 do mesmo artigo, o reconhecimento das respectivas assinaturas nas declarações de candidatura e propositura (nº 3 e 8), isenção justificada, como bem sublinham Fátima Abrantes Mendes e Jorge Miguéis, “pelo elevado número de candidatos e/ou proponentes de candidatura” (LEOAL – Versão anotada e comentada – Edição Julho 2005, anotação IV do citado artigo)
3. Não se ignorando, antes reconhecendo e defendendo a necessidade de se provar a identidade dos autores das declarações, de modo a inviabilizar a inclusão nas listas de pessoas supostas ou de quem não tenha dado o seu consentimento é decorrente da própria evolução legislativa sobre a matéria a intenção do legislador de facilitar a tramitação exigida, representando o disposto no nº 11º do já citado art. 23º (que responsabiliza de forma impressiva os mandatários) uma clara salvaguarda, relativamente a essa matéria.
4. Acresce que sobre a matéria, o Tribunal Constitucional se pronunciou por várias vezes e em sentido unívoco, pela inexistência, no nosso ordenamento jurídico eleitoral das autarquias locais, desta exigência ou requisito “como elemento necessário da identificação dos candidatos, a junção de fotocópia do bilhete de identidade, satisfazendo-se com a indicação do número, arquivo de identificação e data mesmo” (cfr. Acórdãos 220/85 e 670/97)
5. Como decidiu este tribunal, no Acórdão nº 220/85 (publicado no diário da República, II Série, de 27 de Setembro de 1986), “entre os requisitos formais de apresentação de candidaturas […] não consta nem a exigência de uma “petição inicial” ou de um requerimento formal, nem a apresentação no processo do próprio bilhete de identidade dos candidatos ou respectiva fotocópia, bastando a indicação deste” (sublinhado nosso)
6. No mesmo sentido, escreveu-se no Acórdão nº 222/85 (publicado no Diário da República, II Série, de 12 de Março de 1986) que “[…] na identificação dos candidatos conste, relativamente a todos eles, a indicação do número dos respectivos bilhetes de identidade, datas de emissão e arquivo eminente, o que só por si satisfaz, neste domínio, as exigências da lei. Com efeito, nada impõe a junção pelos requerentes da fotocópia dos documentos de identificação, competindo aos serviços receptores o controle dos elementos identificativos constantes das listas apresentadas”.
7. O mesmo Tribunal, no mesmo sentido, e citando a jurisprudência anterior, no seu Acórdão 670/97 se pronuncia no sentido no sentido de que “resulta do exposto que o despacho […] ao ordenar a junção de cópia do bilhete de identidade de todos os candidatos”, é ilegal, concluindo ainda “a falta de junção de fotocópia do bilhete de identidade dos candidatos não constitui qualquer irregularidade processual que careça de ser suprida, com base em notificação do juiz ou por iniciativa do mandatário da lista” (sublinhado original)
8. Ora a notificação agora exarada pronuncia-se inequivocamente pela solicitação genérica e abstracta da fotocópia dos Bilhetes de Identidade, para lá daquilo que poderia constituir a dúvida legítima sobre a identidade de algum dos elementos integrantes, ou do respectivo consentimento, da lista da CDU.
9. O que atendendo aos factos e argumentos agora invocados se solicita a Vossa Excelência a anulação do despacho de notificação no que a esta matéria diz respeito.
Figueira da Foz, 21 de Agosto de 2009
O Mandatário da CDU
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Francisco Manuel Mateus Guerreiro
domingo, 23 de agosto de 2009
O festival e o desafio do vereador
Este certame, organização conjunta da CMFF e do “Tubo de Ensaio”, destina-se a bandas jovens do Concelho da Figueira da Foz. Este ano concorreram 32 , tendo sido 18 as apuradas e as que animaram o Festival que se estendeu por 6 dias, de 17 até ontem.
O vereador, um dos autarcas figueirenses mais experientes não se encontra na lista do seu partido à Câmara Municipal, o que constitui, quanto a nós, uma surpresa, figurando como nº 2 na lista para a Assembleia Municipal.
Quanto ao “Tubo de Ensaio” nunca é demais salientar o seu interessante e variado trabalho em prol da cultura, muito meritório, diga-se em abono da verdade.
sábado, 22 de agosto de 2009
A propósio de Caster Semenya
Mas o caso obriga-nos a cirandar pelos confins da memória e, nessa estranha viagem por acontecimentos que forçosamente não vivemos, mas dos quais tivemos um qualquer eco, foi fácil chegar aos Jogos Olímpicos de Berlim, 1936, os tais em que um tal Jesse Owens humilhou positivamente um tal de Adolfo Hitler.
Não foi o único. Na final feminina de 100 metros a americana Helen Stephens venceu de uma forma aparentemente fácil (11,5s). A grande rival era a atleta polaca, anterior campeã, Stanislawa Walasiewicz. Através da imprensa, pelos vistos é uma coisa imutável, conseguiram fazer circular um boato que Helen era homem. Não existiam testes de sexo e os polacos chegaram a pedir que a atleta americana se despisse, um pedido ousado para a época, diante de uma junta médica.
Foi a própria atleta que se ofereceu, rezam as crónicas que não foi obrigada, para passar por essa prova. O engraçado da questão é que 44 anos depois veio-se a descobrir que quem era efectivamente homem, era a atleta polaca.
Mas tem mais: que foi verdade que Helen deu “tapa” a um senhor que tinha fama de sedutor, rezam os anais. Transcrevo parte de um texto da edição “Jogos Olímpicos um século de glória”, do jornal “Público”, editado penso que em 2000:
“Stephens ainda teve que “enfrentar” os apetites libidinosos de Adolf Hitler. Desde que a viu correr os 100m, o fuhrer ficou vivamente impressionado e, pelos vistos, nunca teve dúvidas quanto à sua feminilidade.
No estádio olímpico, Hitler convidou-a para a sua”suite” particular e, logo aí, quando a cumprimentou com a saudação nazi, teve o primeiro dissabor. “Respondi-lhe com uma forma muito própria de apertar a mão do Missouri”, revelou, anos depois, Stephens.
Hitler não se ficou por aí. Esqueceu, por completo, os seus grandes planos e os monumentais jogos que estavam a decorrer e, após colocar o braço sobre os ombros da norte-americana, convidou-a para passar um fim-de-semana na sua companhia. Como o fascínio que produzia sobre a maioria do seu povo não tinha grande repercussão em todas as pessoas de outras paragens, o líder alemão ouviu a palavra que não estava habituado a escutar naqueles tempos: “Não”.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
“Cães Danados”, ontem nas “Noites no forte”
Deixamos uma apresentação individual:
Da esquerda para a direita: Luís Furet, guitarra solo, treinador de natação e adepto do fêcêpê; Miguel Ângelo, baterista, estudante e atleta de kickboxing, também dragão; Paulo Dâmaso, baixo e voz, jornalista e “lampião” e, the last but not the least, Pedro Gaspar, guitarra ritmo, estudante de engenharia química e, vá lá, sportinguista.
Como se acaba de ver, ninguém é perfeito, muito menos uma banda. Nesta é o guitarra-ritmo que compõe a coisa.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Autárquicas-09: A grande bomba na Figueira da Foz
Independentemente de ser difícil, quanto mais não seja pelos prazos e pelo acto em si de andar a correr atrás das pessoas a pedir-lhes tal, deve-se dizer que é uma imposição que não está contemplada pela lei, que a isso não obriga.
Agora, que pode dar azos a especulações, lá isso pode, sabendo toda a gente que o "ps" está derramadinho para continuar no poder e para conseguir algumas câmaras extra. Uma vez que será caso único no país em que o Tribunal fez semelhante exigência, pelo menos, e ao que soubemos, no distrito de Coimbra foi mesmo caso único.
Aguardamos para ver no que isto pára, pois pensamos estar perante um “golpe de estado”. Cómico, ridículo, descarado, mas golpe de estado.
Democracia
Por vezes, naquelas conversas de café como soe dizer-se, saiem-nos algumas tiradas que nunca pensamos ser capazes de proferir se estivéssemos normalmente a raciocinar, quiçá em estado sóbrio.
Aqui há tempos foi o que me aconteceu. Consegui escandalizar alguns camaradas quando afirmei, com aquela peremptoriedade que uns copitos nos emprestam numa qualquer cavaqueira confraternizadora, que não era democrata. Para lhes aumentar o espanto decidi suportar, com a seriedade possível, a minha dedução. Filosoficamente, ou melhor, cervejolamente, lá fui explicando que democratas são o Bush, ainda era ele o master of world, o Barroso, o Berlusconi, o Sócrates, os Uribes deste mundo e muitos outros, tais como os amorins das cortiças, os belmiros dos supermercados. E muitas outras bestas.
Tudo isto para vos apresentar dois actos de mais pura "democracia": o primeiro não se sabe bem se foram democratas os autores, a queixa foi apresentada contra desconhecidos, mas o que posso afiançar é que não foram os comunistas. Portanto. O segundo é de autoria reconhecida, democratas de longa data, daqueles que comem sardinhas da lata, como diz o poeta.
Pois, pois, se calhar, tenho razão.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
O Mosteiro de Seiça e um “dois em um”
Maria Rosa Anttonen, no seu blogue, conta-nos a resposta do presidente da edilidade:
“Lamento mas não temos verba nem projecto para a recuperação do convento. É um concelho pobre. Nunca foram pedidos apoios comunitários para a recuperação do convento”.
Essa do concelho pobre é que eu não percebi muito bem. Interrogo-me porque é que foi adquirido o convento. Para ser usado como armazém camarário? Interrogo-me também como é que há partidos que têm o desplante de se candidatarem a eleições.
E um concelho pobre pode-se dar ao luxo de fazer negócios como foi feito o da venda dos terrenos da Ponte Galante? E depois permitir que se construa aquele aborto? Isto é muito mais gravíssimo se foi tudo feito de “borla”.
Não teria sido melhor e mais sensato fazer um armazém na Ponte Galante? Teria evitado aquele negócio danoso como teria evitado o gasto que comportou a compra do mosteiro. "Tout court" teria sido um “dois em um”.
Ou eu percebo cada vez menos de política ou um concelho pobre não se pode dar ao luxo de fazer negócios em que sabe que fica a perder. E devia ser preocupante desbaratar o erário público. Mas em Portugal, pelos vistos, não é.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Évora, quando a prata sabe a pouco
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
A figura do mandatário(a)
É ele que o Tribunal contacta se e quando é detectado algum erro.
No mais, os partidos ou listas, arranjam mandatários para qualquer coisa. O mais frequente é o mandatário para a juventude. Uma figura que não passa de uma manobra eleitoralista com fins óbvios de canalizarem mais uns votos, uma vez que é, geralmente, uma figura popular.
O “ps” tem uma mandatária para a juventude. A menina escolhida para tal fim está perfeitamente de acordo com o que acabo de definir como essa fictícia figura.
Aqui, Samuel traça-lhe o perfil. Mas, em abono da verdade, diga-se que o partido do engenheiro Sócrates não pode, de maneira nenhuma, ser apelidado de incoerente. A mandatária encaixa-se muito bem com um perfil adequado para mandatar o partido do actual governo.
domingo, 16 de agosto de 2009
Inacreditável... 9,58s
sábado, 15 de agosto de 2009
Começou o pontapé no coiro
Futebol esse que, como se sabe, já tem muito pouco de desporto. É mais um espectáculo, que embora dê prejuízos, sobretudo para a maior parte dos seus artistas, continua a ser um maná de oportunidades para muitos oportunistas.
A pouca seriedade também faz parte deste espectáculo. Na época anterior uma equipa foi despromovida à divisão inferior porque não cumpriu alguns requisitos, nomeadamente pagar aos seus funcionários.
Pelo que o jornal, ia a dizer desportivo, futebolístico “Record” noticia na sua edição de hoje, aí está o primeiro grande caso desta temporada.
Bom, o futebol é um espectáculo extra dentro de si próprio.
Os tribunais que resolvam. Daqui a…
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Afrobasket: Angola na final
Angola acaba de vencer a Tunísia (79-69) na meia-final do Campeonato Africano de Basket que se disputa na Líbia. Joga amanhã a final com o vencedor da outra meia, que se disputa dentro de momentos entre os Camarões e a Costa do Marfim.
O ex-treinador do San António Spurs, da NBA, John Lucas, actual seleccionador da Nigéria, considerou em declarações à Angop, Angola a melhor selecção que está a disputar o torneio.
Nos quartos de final houve o que se pode considerar duas surpresas: as derrotas da Nigéria e do Mali, duas das principais equipas, frente, respectivamente, aos Camarões e à Tunísia.
Para os angolanos tanto faz, o que vier à rede é peixe. A taça não foge.
Seally season
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Afrobasket: Angola nos “quartos”
Será curioso, ou talvez não, que o Campeonato Africano de Basket, um importante evento do calendário mundial da modalidade, passe totalmente despercebido na imprensa portuguesa, seja desportiva seja outra qualquer. E porque, quanto mais não fosse, estão presentes nesta edição 3 países lusófonos, um dos quais é o 12º do ranking mundial e principal favorito à vitória. Mais um porque: o treinador dos “palancas negras” é o português Luís Magalhães. Mas a imprensa é o reflexo daquilo que somos, e somos aquilo que queremos ser. Em contrapartida somos um povo que conhece muito bem um tal de Afonso Alves ou um tal de Reys, homens valorosos, personalidades distintíssimas que já foram manchete em Portugal. E que podem tornar a ser, nunca se sabe.
Angola defronta, às 13h00 de Lisboa, a República Centro Africana, país que está ex-aequo com Portugal na 45ª posição do ranking da FIBA.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Quanto vale um militante?
A angústia de um militante perante acontecimentos, que apesar de ser militante não domina, às vezes até parece ser coisa sórdida. Como aliás, todos sabemos se formos à blogosfera, pode dar em melancolia.
Adianto desde já o seguinte. Como muito cidadão deste país, também vou ser candidato na minha terra, mas com uma particularidade. Qual é ela? O meu partido fez-me a vontade. Mostrei vontade de ser colocado em qualquer lista e em qualquer lugar, excepto ser candidato na minha freguesia de residência: Buarcos. E porquê? Coitado de mim, por razões de estabilidade emocional. Depois da minha experiência no ano da razia provocada pelo “tufão”, em que fui candidato, cabeça de lista pela freguesia de Buarcos, e na contenda acabamos por perder o único mandato à assembleia de freguesia, fiquei com pena de mim, arrasado e mal tratado e, por isso, solicitei ao meu partido, que me livrasse de levar outra pancada e daí, Buarcos nunca mais. Ora aqui está, o que vale um militante e como se lhe faz a vontade. Estes não são mimos que abundem, mas que ainda os há, garanto-vos que os há. Pelo contrário, na Rua Direita do Monte, parece que a noite foi longa e não chegou, e a fazer fé na blogosfera, não estou a inventar nada, coisa sórdida se passou por ali. Aliás, burro velho, não me admira, porque já uma vez aqui contei, desde que em 75 vi sair dali os rapazes do MRPP, com as folhas policopiadas a zupar nos comunistas, não me admira. Até alguns numa troca de pés, acabaram por lá ficar e muito bem.
Quanto vale um militante? É uma boa pergunta para ser feita nestes tempos de reboliço e cacetada.
Lida a blogosfera, não sei se na reunião militante da freguesia da Sé no Porto, algum militante socialista a fez e que resposta teve? O que sabemos é que duas famílias se disputaram e a coisa continuou ao estalo, com mobília arrancada e pelos ares e um militante no hospital. Duas angústias. A da família que estando, não quer sair, e a que não está, a querer entrar. Ficaram a saber que são famílias, com certeza, mas continuam sem saber quanto vale um militante.
Quanto vale, também aqui na Figueira, um militante? Não sabemos se algum militante socialista também fez a pergunta. Bem perguntada. Porquê? Porque sabemos, também da blogosfera, que os nomes fundamentais propostos pelo órgão competente do Partido socialista da terra, são de fora do partido, ou mesmo sacados ao outro, o PSD/PP, que somado, disse-se, faz o centro, e arredados ficaram, como se lê, os que sempre trabalharam a bem do partido, os militantes.
Se eu fizer a pergunta a mim mesmo, de quanto vale um militante, direi humildemente, que sempre fui ouvido, muitas vezes a minha opinião foi tida muito em conta em momentos cruciais, e quando fiquei só contra os outros, ninguém me olhou de soslaio. Por isso, pedida escusa da lista da minha freguesia, logo aceite, logo outro lugar me deram, a de número 7 na lista da Câmara Municipal. Confesso militantemente, que ser o 7 já é uma honra porque entendo que à medida que os anos correm, provavelmente ser 7 já fica acima do que valho como militante, mas foi assim que foi decidido e então, fico em 7.
Mas ainda assim, é meu desejo perguntar ao Toni Alves, que é gentil e de coração grande, e a outros, o que vale um militante? O que fizesteis gente?
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Angola: um país adiado (croniqueta nacionalista)
O noticiário das 7 horas da manhã daquele canal ocupou muito perto de vinte minutos com a visita da senhora. Considerei uma chafurdice.
Segundo, porque algumas das anotações feitas pelo referido escriba já eu, por várias vezes, as fiz aqui neste espaço.
O que ressalta é o desplante da senhora Clinton falar de direitos humanos num país completamente dominado pelo seu, onde conseguiu impor um capitalismo selvagem à imagem da América. Só pode mesmo soar a hipocrisia, porque quem está instalado no poder em Luanda sabe muito bem que está de pedra e cal. O que me fez, também, recordar um livro de Manuel dos Santos Lima, “Os anões e os mendigos”.
Como eu escrevi há tempos, neste mesmo blogue, a paz teve para o povo angolano um preço muito alto, que ele não mereceu pagar. Porque a guerra foi imposta.
Do MPLA, eu reclamo-me. Mas deste, estamos conversados. Deste, há muito que perdi as esperanças. Ainda estávamos em guerra e aconteceu o que eu pensava impossível: o MPLA participou numa reunião, como observador, da internacional socialista. O que significa, tout court, que o MPLA aderiu ao império. Na mesma altura, um poeta, nacionalista e ex-chefe de guerrilha, era preso.
Muitos nacionalistas angolanos deram a vida, primeiro contra o regime colonial, depois numa guerra contra o imperialismo. E este acabou por vencer. Mas não é, não pode ser, o fim da história.
Lembro-me que tinha doze anos, e deliciava-me nas praias de Luanda, e apreciava os belos, inacreditáveis e únicos fins de tarde. Não me passava pela cabeça que um outro nacionalista, o poeta António Cardoso, numa cela do Tarrafal, na cela disciplinar, melhor dizendo, aliás onde escreveu muitos dos seus poemas, escrevia estes versos:
Pôr-do sol, em Luanda...
Nesta hora cresce o sol sobre a fortaleza
E paira na cidade mágica beleza
Até a noite se vestir de escuridão…
E sobe o Povo, exausto, leitos de alcatrão,
A caminho de seus musseques-prisões,
Com um resto secreto arfando nos corações…
Não, não chegamos ao fim da história. Faço minhas estas palavras de Luandino Vieira. Apesar de tudo, acho que nunca se luta em vão.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
"Revolta na Bounty"????
domingo, 9 de agosto de 2009
Afrobaket 09: Angola procura 10ª vitória
Depois de uma primeira fase com vitórias sobre o Mali (79-74), Egipto (79-69) e Moçambique (93-50) os angolanos, recordistas de vitórias na prova, são naturalmente os favoritos e têm vindo a crescer de jogo para jogo. Com excepção da primeira parte do jogo com o Egipto, em que repetiram a fraca exibição que fizeram frente a Portugal nos Jogos da Lusofonia. Foi assim a modos de palancas negras a fazerem figura de urso.
A primeira das 9 vitórias de Angola na prova aconteceu em 1989 e, desde então, só em 1997 não ficou no lugar mais alto do pódio, ficando com a medalha de bronze.
Mas, com a arrogância própria dos angolanos, como diz a Kianda, arrogância essa divertida, acrescento eu, lá vou dizendo que o Afro está no papo.
Aqui deixo uma novidade da FIBA: um excelente e completo site sobre a prova.
sábado, 8 de agosto de 2009
O Mosteiro de Seiça e a preservação da História
Utilizado durante muitos anos como armazém de arroz encontra-se praticamente abandonado, mesmo depois de ter sido adquirido pelo município há cinco anos. É agora utilizado como armazém da câmara.
Maria Rosa divulga também um abaixo-assinado que foi entregue no município com o objectivo de se recuperar aquele imóvel histórico.
Preservar a história é, sem dúvida, uma preocupação dos cidadãos, mas o poder não se pode demitir de responsabilidades que lhe são inerentes.
Porque é vital. Recordemos Marcus Garvey: “um povo sem o conhecimento do seu passado histórico, origens e cultura é como uma árvore sem raízes”.
A campanha alegre, a blogosfera e o repórter X
O dito assina “jornalista Serafim” e aproveita o anonimato que a blogosfera concede, mais propriamente o lugar dos comentários, para fazer emergir o que se passa nos “bas-fonds” dos partidos, aquelas chafurdices que raramente chegam ao conhecimento público. Implicando claro, que uma grande percentagem do eleitorado vote sem qualquer conhecimento de causa e sem saber no que se está a meter.
O lápis, e a pena, do artista Fernando Campos traçam um delicioso “retrato robot” da misteriosa personagem. Com um link para as respectivas reportagens.
Não perca, vale a pena.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Adalberto Carvalho e Augusto Alberto candidatos
O treinador de Halterofilismo é o quarto da lista, atrás de Silvina Queiroz, Carlos Baptista e Olga Gaspar, e o treinador da selecção paraolímpica de Remo, colaborador desta humilde “aldeia”, é o sétimo nome proposto pela coligação.
Para a Assembleia Municipal, e secundando Nelson Fernandes que como aqui noticiamos é o cabeça de lista, os candidatos são António Baião, Adelaide Gonçalves, Graça Rocha e Licínio Maia Azedo.
Na próxima semana a coligação de esquerda apresenta os candidatos às assembleias de freguesia.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Lei é Lei, não discuto, mas...
"Lei n.º 58/2009 de 5 de Agosto
Elevação da povoação de São Pedro, no município da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, à categoria de vila
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
Artigo único
A povoação de São Pedro, no município da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, é elevada à categoria de vila.
Aprovada em 12 de Junho de 2009.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Promulgada em 20 de Julho de 2009.
Publique -se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendada em 21 de Julho de 2009.
O Primeiro -Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa"
...mas onde fica a povoação de S. Pedro?????
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Sporting ou a sorte proteje os inocentes
domingo, 2 de agosto de 2009
A blogosfera e o estrelato político
O inverso é menos comum. Mas não há regra sem senão, e a excepção, como se sabe, confirma a dita. Apresento-vos, então, este caso de um blogger de sucesso, um dos mais visitados da blogosfera figueirense, senão o mais, que pode alcandorar-se ao estrelato político.
Assim o eleitorado queira. Siga por aqui.
sábado, 1 de agosto de 2009
7-magníficos-7 (croniqueta autárquica)
Começando pelos partidos que formam a duetocracia que tem dominado o país estamos conversados. Os auto-denominados “socialistas” estiveram cerca de vinte anos consecutivos à frente do município e o que ficou foi a betumização da cidade e o início da concessão das águas, um bem público, que faz com que a Figueira tenha o orgulho de pagar a mais cara do país. Do seu irmão gémeo, há doze anos consecutivos sem sair de cima, pode-se dizer que continuou a obra, a ponte Galante é emblemática, e no campo cultural ficamos sem o Festival de Cinema e o Prémio Joaquim Namorado.
A lista independente, de quê também não percebo, “Figueira 100%” de Daniel Santos, antigo vice de Santana Lopes, mais me parece uma lista a meias entre partidos a que anteriormente me referi. Mas a fazer fé nos apoios que apareceram quando da sua apresentação parece-me que estamos perante um santanismo sem Santana, embora reforçado, uma maneira das forças locais de direita continuarem a controlar os seus interesses, face ao descrédito que PS e PPD têm acumulado.
Os “socialistas” pelo que se tem ouvido, talvez por lhes “cheirar” a poder, andam “à porra e à massa”, a ponto do seu candidato ter ameaçado bater com a porta. E segundo uma das nossas fontes um dos seus antigos presidentes da concelhia ter-se-á passado para a lista de Daniel dos Santos. A informação ganha contornos requintados quando nos diz que o citado político irá ser cabeça de lista em Tavarede.
Não havendo muito a dizer do CDS/PP haverá um facto novo relacionado com o fenómeno BE. Não existindo no concelho, concorreram pela primeira vez em 2005 e conseguiram eleger um deputado municipal. Nestes 4 anos ninguém ouviu falar deles mas aí estão. O dado novo será a nível nacional: a questão é se o BE está preparado para ocupar o lugar do PS em caso de desfragmentação deste. Acho difícil pois o grande poder económico continua a confiar nos “socialistas”, fartíssimos de darem provas, e para tal, o BE teria de moderar o palavreado e, sem o fazer não conseguirá subir, pelo menos entre as camadas mais jovens. Problema deles.
Portanto, e acedendo que a CDU não ganhará a Câmara, como se pode depreender pela blogosfera figueirense para a qual as 3 listas concorrentes são PS, PPD e Daniel Santos, quem quiser mais do mesmo tem muito por onde escolher, as cinco que me referi e a outra independente, protagonizada por Javier Vigo.
Eu, por mim, não quero mais do mesmo. Já cansa.